domingo, 4 de janeiro de 2009

A insegurança do Controlador de Tráfego Aéreo

Era uma vez um camundongo chamado Rátco... Ah ah ah ah ah ah! ... Essas estorinhas já estão dando no saco não? Mas eu me divirto com elas. Desculpem se tenho tratado de assunto tão sério com essa roupagem, mas até pouco tempo atrás permitimos que o fel da insatisfação amargasse nossas discussões sobre o tema e não progredimos nada, pelo contrário, tornou nossa sobrevivência mais difícil e nossa convivência mais chata. O ponto positivo desse pensamento é que, enquanto as coisas não se encaminham como se espera, a gente vai dando boas risadas.

Resgatando a seriedade que o assunto exige, alerto aos colegas controladores dos perigos que nos rondam por essa tortuosa e obscura estrada rumo ao CNS/ATM. Devemos estar atentos não só às propostas oferecidas, como as que virão alternativamente como complemento do sistema, em suas pequenas ramificações atendidas pelos demais serviços de tráfego aéreo. Explicando melhor, apesar de não conhecer o organograma do futuro sistema, preocupo-me que a paixão pelo trabalho venha a nos cegar para aceitar coisas que renegamos até hoje, e assim levando alguns colegas a caírem no mesmo buraco outra vez. Por certo que aquele aeroporto que a iniciativa privada não quer, e que o Poder Público continuará a gerir sem muito entusiasmo, terá sua torre de controle preenchida com Controladores de Movimento Aéreo, Operadores de Tráfego Aéreo ou ainda quem sabe, Controlador Aeroportuário.
Essas situações já começaram a se apresentar em algumas novas localidades, com provedores de serviços de tráfego aéreo que brotam de galhos, há muito julgados secos, da árvore aeronáutica. Essas oportunidades, enquanto encantam e atraem os colegas controladores aposentados ao som da “Flauta de Hamelin”, desempenham um papel interessante sob o ponto de vista da complementação salarial, mas... mas, se continuarem a proliferar nas citadas ramificações do sistema, podem ter certeza que no futuro será para onde encaminharão a “escória”, ou seja, aqueles que hoje carregam bravamente “o nosso ATC”.
Todas essas questões devem ser colocadas na pauta dos eventos que pretendemos promover. Para respondê-las poderemos respeitosamente convidar autoridades aeronáuticas. Para estudá-las podemos convidar pesquisadores. Para sabermos dos desdobramentos trabalhistas dessas transformações, e migrações, precisamos ouvir especialistas e autoridades do Ministério Público do Trabalho e da Magistratura.
Não se pode deixar que as coisas simplesmente aconteçam. Antes de tudo é preciso permitir que elas aconteçam.
Veja a projeção desse efeito pelo número de aeroportos deficitários do conglomerado INFRAERO. Pode relembrar também o artigo: "O nome do jogo"

Devemos estar atentos a tudo, porque se não... PLAFT!!!!!!

Celso

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