
Enquanto isso, senta que lá vem estória...
Meu inglês é sofrível, mas cá entre nós, se passei incólume trinta e um anos controlando o tráfego aéreo e falando como se fosse Tarzan, ou sou um tremendo sortudo ou tenho o corpo fechado. De qualquer forma, nesse período pude testemunhar muitas situações embaraçosas, que o tempo, usando da máxima que diz “um dia a gente ainda vai rir disso”, caprichosamente, hoje me faz rir.
Um dileto amigo mineiro, com crônica dificuldade no idioma inglês, viu-se às voltas com um American Airlines:
- American naine six tri tani left reding uan tri ziro tu intercept localaizer córse, quei?
- Say again, São Paulo!
- Quei naine six tri, tani left reding uan tri ziro tu intercept localaizer córse, quei?
- Say again and speak slower, please!
- American naine six tri, tu intercept localaizer córse, ta-ni lé-fi-ti, ta-ni lé-fi-ti re-ding uan tri zi-ro, quei?
Assustado com o desencontro de informações, um estagiário que desempenhava a função de “assistente”, assistia ao duelo, observando o desespero do controlador quando o American, sem saber o que fazer, iniciou órbita sobre o NDB Perús.
- Fiadapu... Estragou minha sequência! disse o mineiro dando um soco na console. Olhou para o assustado assistente e disse:
- Avisa o controlador final que esse gringo tá mei enroladim! Vou passar pr'ele.
- São Paulo, your phraseology is “unreadable”
- O que foi que ele disse? Perguntou o estagiário!
- Disse que o meu inglês é horrivabou! Respondeu o nosso querido amigo mineiro.
Ai, ai, ai! Esse controle de tráfego aéreo brasileiro ainda me mata de tanto rir.
Celso
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário. Obrigado!