segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Doação de órgãos, um caso sério!


Nos idos de 2007, resultado de uma série de acontecimentos acumulados ao longo dos anos -hipertensão, crise financeira, depressão - veio o inevitável colapso e a constatação prematura de um diagnóstico triste: “morte encefálica”.
Entregue a um coma induzido, inerte por três dias sem registro de qualquer atividade cerebral, o moribundo, dentro de certas prioridades, passou a ser alvo de cobiça das doações de seus órgãos. A família perplexa, desestruturada e acéfala, ao ser bombardeada com questionamentos e pedidos insólitos, recolheu-se, fugindo das grandes intervenções, até porque, mesmo as operações mais simples já não estavam sendo realizadas. Se por um lado alguns consideravam aquilo um desmanche funesto, por outro lado, muitos o achavam divino. Quanta memória morta daria início a novas histórias, novos caminhos. E pensar que o moribundo outrora foi poderoso e admirado...
Listas de candidatos e órgãos se espalharam oficiosamente pelos quatro cantos do País. Junto com elas uma preocupação selava a dúvida: “Será que essa partilha transcorrerá de maneira justa?”
Quando tudo estava encaminhado e parecia resolvido, algo disparou nos aparelhos que monitoravam a UTI. Um registro demonstrava claramente que milagres existem e que ali estava a prova. Suspendam todo o procedimento! Acionem todo o efetivo! Aumentem a adrenalina! Vamos operar com todos os instrumentos! Desfribilador! Um... dois... três... choque! Introduzam o dreno! Ventilem! Temos que aumentar essa pressão! Todos os sistemas vitais estão voltando a funcionar! Oh meu Deus... ele está abrindo os olhos! Ele está vivo!
De imediato a lista de "órgãos" que definia a partilha dos CINDACTAS, dos Controles de Aproximação, das Torres de Controle, das Estações Aeronáuticas mais modestas, foi picada e atirada ao vento. Não sei se a chuva de papel picado era para festejar a sobrevivência daquele espírito de corpo, ou para expressar a desilusão por ver aquele castelo de cartas que acabara de ruir. Enquanto entes queridos do ex-moribundo davam Graças, cegos pelo poder que nutriam a esperança de ver seus feitos florescerem, continuaram cegos.
É muito cedo ainda para saber o tamanho da sequela que esse trauma causou. É muito cedo ainda para saber se a sanidade mental ressuscitada tem consciência do que o futuro lhe reserva no controle de tráfego aéreo. É muito cedo ainda para perder a esperança de que no futuro doações de órgãos ainda ocorrerão, de maneira ordeira, justa e responsável. Mas, o mais preocupante agora é saber se já não é tarde para duvidar.
Eu vou, mas volto!
Celso BigDog

sábado, 29 de agosto de 2009

I N I C I A T I I I I V A seu Gilberto?


Assim disse o "experto" em aviação Gilberto Amaral:


PERIGO AVIÁRIO

Gilberto Amaral
Como noticiei há algum tempo, tem sido constantes, em vários aeroportos do País, inclusive o de Brasília, choques de aeronaves que neles operam com bandos de pássaros. Agora, tenho uma boa notícia:
a Infraero assinou convênio com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília para administrar o manejo da fauna em dez aeroportos nacionais visando mitigar o perigo aviário. Merece parabéns o ministro da Defesa, Nelson Jobim, pela oportuna iniciativa.

Se isso for iniciativa, não sei o que é inércia. Iniciativa é ação caro Sr. Gilberto! Durante anos o CENIPA vem divulgando estatísticas desses acidentes, por tipo de aves e por tipo de aviões, por aeroportos, por altitude de vôo e até agora as únicas ações vistas foram as dos protecionistas, das ONGs, do IBAMA...

Se o senhor ainda não conhece esses números, melhor permanecer na ignorância porque estou certo de que suas viagens nunca mais serão tranquilas. Se resolver conhecê-las, apesar de ainda estarmos no meio do ano:


E então? Ainda acha que houve iniciativa?

Celso BigDog

domingo, 23 de agosto de 2009

Caôs aéreos.

Virou moda. Todo feriadão, Carnaval, Semana Santa e todo o final de ano é a mesma ladainha. O fantasma do caos aéreo volta a rondar. A ANAC, a Infraero, o Sindicato dos Aeroviários, dos Aeronautas e das empresas aéreas, o DECEA, o Ministro da Defesa, o Presidente, o Papa, Ana Maria Braga, Brito júnior, Leão Lobo, todos se acotovelam para dar sua versão da coisa. E o povo não se dá conta de que todas essas informações não passam de “caôs aéreos”. Ninguém garante nada de verdade. Não há como garantir, pois ninguém controla as condições climáticas, ninguém agenda falhas técnicas evitando feriadões, ninguém escolhe o dia para causar ou contribuir com um acidente aéreo, ninguém!
Agora, uma situação caótica que vem se anunciando dia-a-dia, que nem o tal trem bala, o leilão de slots ou recontratação de controladores recauchutados dará jeito, já está sendo armada pelas empresas aéreas. Assim diz a mídia:

A TAM informou que “acredita que o mercado brasileiro de aviação comercial tem potencial para dobrar de tamanho até 2014. Durante os 45 dias da Copa do Mundo, o tráfego aéreo deve antecipar o volume de 2020. São fundamentais, portanto, investimentos na infraestrutura aeroportuária”.
...
Os planos da novata Azul Linhas Aéreas é de investir US$ 2 bilhões até a Copa, se não houver grandes alterações no mercado. A empresa opera hoje com 12 aeronaves, seis do modelo 190, com capacidade para 106 pessoas, e seis 195, para 118 pessoas. Até 2014, a companhia pretende ter 60 aeronaves modelos Embraer 190 e Embraer 195.
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A Trip Linhas Aéreas pretende chegar ao fim de 2014 com 60 aeronaves, mais do que o dobro do volume atual. Para isso, a companhia aérea planeja investir cerca de US$ 1 bilhão e chegar a mais de 110 cidades atendidas nos próximos cinco anos.
...
A Webjet tem hoje 16 aeronaves Boeing 737-300, com capacidade para 136 passageiros, sendo que mais duas aeronaves estão com compra acertada e outras três estão sendo negociadas até o fim do ano. Se não houver nenhuma reviravolta no mercado aéreo, a empresa quer chegar até o dezembro de 2010 com 25 aeronaves.
...

Nessa reportagem a Gol não se pronunciou, mas a tendência de investimentos é a mesma, até porque a empresa luta para atingir o primeiro lugar no ranking brasileiro. E a capacidade de controle do SISCEAB? Ou seria capacidade de gerenciamento? Ou seria tudo feito automaticamente, dependentemente, vigilantemente? Será que nessa história ninguém mente?

Dentro de minha insignificante formação técnica, salta-me aos olhos algo que parece ser uma imensa imprudência. Promover mudanças tão profundas, envolvendo conceitos, equipamentos, sistemas e recursos humanos nesse momento, às vésperas da Copa do Mundo e do crescimento natural do volume de transporte aéreo, isso realmente me dá medo. Espero estar errado e isso não é caô!

Celso BigDog

Vamos falar de outro tipo de SEGURANÇA no ATC.


A tecnologia que faz transitar a informação do ATC muda a essência dos grandes sistemas corporativos, desenvolvidos com ferramentas de alta complexidade, e busca a amigabilidade nas entranhas do Windows e Linux. Esse revés, ao mesmo tempo em que aproxima o entendimento entre analista e usuário, aumenta a acessibilidade de forma generalizada e abre brechas que podem facilitar operações ilegais, atos de vandalismos ou mau uso da informação aeronáutica. Por certo que há um ganho na utilização dessas plataformas, digamos “comuns”, porém cabe aos gestores a tarefa de criar barreiras para filtrar e normatizar a interação do usuário com as estações de trabalho, com os servidores e com os bancos de dados.
Está comprovado que os meios usados para a extração de dados pode contaminar toda a cadeia funcional, “bypassando” a proteção do firewall e expondo a operacionalidade do controle de tráfego aéreo ao colapso.

Atech e Saipher-ATC migraram recentemente para a plataforma Windows. A Atech e seu novo sistema de visualização RADAR Sagitário, apresentado como substituto do X-4000, já tem essa característica e se propõe a rodar tanto em Windows como em Linux. Seus dados circulam em ambientes restritos, de pouca procura e consequentemente pouca exposição às contaminações. Já a Saipher-ATC ao lançar seu novo e versátil sistema de gerenciamento de torre de controle, o TATIC, usando o ambiente Windows, não tem a mesma tranquilidade. A imensa gama de registros, gerada por “clicks, enter e touch screen”, são criadas de forma invisível durante a ação do controlador e dessas ações nada se perde. Integração com o sistema de visualização RADAR, estatística, tarifação, gráficos, programação operacional, programação sazonal, entre outras cobiçadas informações, nos remetem à seguinte pergunta: “Como atender a todos?” Seria a rede Intraer segura para permitir o escoamento de todas essas solicitações? Por certo que não!
Essa agilidade em gerar dados atrai, de todos os segmentos aeroportuários, uma enxurrada de solicitações para acesso aos registros. Costumo dizer que do TATIC se aproveita tudo, assim como da cana se aproveita até o bagaço. Parece que somente a criação de um banco de dados, com blocos de informações padronizadas para download, numa comunicação de mão única, seria viável para conter essa ameaça.

Lembre-se: um pen drive contaminado instala seus executáveis numa estação, no momento em que a máquina reconhece sua presença. Antes de realizar uma dessas operações, consulte o suporte técnico.

Celso BigDog

sábado, 22 de agosto de 2009

25 de Agosto - Um grande dia!


Apesar de minha teimosia de que o SICEAB sob administração civil seria mais próspero do que no modelo militar, não posso deixar de enaltecer a importância da carreira. Pensei em publicar novamente a carta de MONIZ BARRETO a El-Rei de Portugal em comemoração ao “Dia do Soldado”, mas por sorte, revirando os guardados de meu saudoso Pai, encontrei algo melhor. Vale à pena ler e pensar a respeito.

Essa data é comemorada desde 1923 em homenagem a Caxias. Nascido a 25 de agosto de 1803, faleceu em 1880, aos 77 anos.


Assim disse Caxias em sua chegada ao Rio de Janeiro como vencedor da Guerra do Paraguay, na noite de 15 de fevereiro de 1869:


“- Aqui cheguei no dia 15 à noite, com boa viagem e um pouco melhor dos meus incômodos. Vim para este sítio para ficar mais longe dos foguetes e das músicas da cidade, acompanhadas de longos discursos, que é coisa que os casacas pagam aos militares que tem a fortuna de não morrerem na guerra. Achei minha família com saúde e foi o que mais estimei.” (Folha da Tarde, 25/08/1971).


Luiz Alves de Lima e Silva era filho do Marechal Francisco de Lima e Silva e foi o único brasileiro a receber o título de Duque.
Meu abraço a todos, Controladores ou não. Salve! (Selva!)

Celso BigDog

Reemfatizando!


Ah! esses governantes, não sabem mais o que querem. Uma hora desprezam, humilham, fazem chacota de suas Forças Armadas, depois descobrem que não entendem nada de defesa e aí... Ai que medo! Chama esse homem de volta!

A propósito, tive o prazer de conhecer pessoalmente em Brasília o último Ministro Chefe do EMFA, Gal Benedito Onofre Bezerra Leonel, que curiosamente foi amigo de infância de meu saudoso pai numa modesta escolinha rural da cidade de Piraju, no interior de São Paulo, lá pela década de 30.

O EMFA sempre foi muito respeitado no meio governamental, tanto que se gabava de manter o status de ministério. Dele emanavam as diretrizes para uma ação coordenada e conjunta das FFAA em qualquer escopo de discussão. Acredito que ressuscitar esse formato, além de ações coordenadas, coloca um superego democrático a censurar certos impulsos doutrinários daqueles cadetes forjados nos idos de 1964, hoje no staff militar brasileiro. Sendo assim, tudo certo, mas nunca é demais lembrar, não provoque! É cor de rosa choque!

E agora vamos à notícia mais detalhada.



Governo aprova reformulação da Defesa
Folha de São Paulo


Projeto cria órgão para coordenar ações do Exército, Marinha e Aeronáutica; comandante seria escolhido pelo presidente Ministério da Defesa teria secretaria para centralizar compra de armas; proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

ELIANE CANTANHÊDE

COLUNISTA DA FOLHA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou ontem a reformulação da área de Defesa, inclusive com a criação de um Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, a ser comandado por um oficial de quatro estrelas (o mais alto da hierarquia militar), com a função de articular a doutrina, exercícios e as operações comuns a Exército, Marinha e Aeronáutica.

Trata-se, de certa forma, de uma reconstituição do antigo EMFA (Estado Maior das Forças Armadas), que existiu durante os governos militares e foi extinto pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, quando foi criado o Ministério da Defesa, que coordena as três Forças, e que irá coordenar também o novo órgão. A diferença é que o EMFA era essencialmente burocrático e o seu sucessor será operativo.
A tendência é que o primeiro comandante do novo órgão, responsável por sua implantação e transição, seja o almirante de esquadra João Afonso Prado Maia de Faria (quatro estrelas), que atualmente ocupa a chefia do Estado Maior da Defesa.
Não há norma sobre o processo de escolha do comandante do órgão, mas a tradição, desde o EMFA, é que haja rodízio entre almirantes, generais e brigadeiros, sempre de quatro estrelas, por escolha direta do presidente da República.
O projeto de reformulação está em gestação há pelo menos um ano e meio, mas precisou de intensas negociações dentro das Forças até ser acatado pelos respectivos comandantes. O novo chefe terá o mesmo status hierárquico que eles.
A questão foi levada ontem a Lula pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, cujo projeto prevê também mudanças no próprio ministério, com a criação de uma secretaria exclusiva, vinculada ao ministro, para centralizar os projetos de compras das Forças Armadas.
Hoje, a Marinha planeja e executa compras de submarinos. A Aeronáutica é responsável pela aquisição de aviões de caça, e o Exército, de tanques.
A secretaria segue um modelo aproximado ao da DGA (Delegação Geral de Armamento), da França, que Jobim visitou no início de 2008, e que tem um orçamento anual de cerca de 10 bilhões, para todas as compras militares do país.
Outro ponto considerado fundamental no projeto aprovado por Lula ontem é uma mudança operacional: a Aeronáutica e a Marinha vão passar a ter poder de polícia nas áreas de fronteira terrestre e marinha. Hoje, só o Exército tem.
Todas as mudanças dependem de votação no Congresso, porque alteram a lei complementar 97/117, de 1999, que criou o Ministério da Defesa.

Link relacionado Matéria Completa.
Uma informação interessante para complementar:
General Ataliba Leonel (Itapetininga, 15/05/1875 — Piraju, 29/10/1934) foi um militar e político brasileiro.
Formado na Faculdade de Direito de São Paulo, foi membro da C.D. do Partido Republicano Paulista, representou São Paulo na Câmara Federal, onde relatou a Receita da União na Comissão de Finanças, produzindo trabalhos notáveis, que honra a cultura paulista. Foi deputado estadual até 1926, e deputado federal até 1930.Combateu, junto com outros próceres do PRP, a Revolta Paulista de 1924.
Foi um dos preparadores do movimento de 23 de maio, quando, na capital do Estado, tombaram as quatro figuras históricas cujos nomes passaram a constituir o símbolo M.M.D.C.. Iniciada a revolução de 1932 em 9 de julho, organizou a Brigada do Sul, da qual foi comandante-geral. Com a vitória da ditadura, foi preso e exilado em Portugal, residindo em São João do Estoril, com outros brasileiros ex-combatentes da mesma causa.
Sempre que São Paulo, sofria as dificuldades das revoltas sociais, teve no general Ataliba um soldado destemido e corajoso, pronto a todas as renúncias e sacrifícios. Foi assim em 1922, em 1924, e em 1930, terminando a sua velhice, na Revolução Constitucionalista de 1932.
O General Ataliba Leonel era tio do general Benedito Leonel, ex-Ministro Chefe do EMFA, citado no texto. Pela trajetória do Gal Ataliba, bem como de muitos outros militares idealistas, pode-se entender que, nem sempre a "transgressão" é essencialmente maléfica. O que é preciso, nesses casos, é ter sorte, saúde e paciência para esperar que um dia, nossos ideais voltem a brotar do lado mais forte.
Celso BigDog

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Revista Conexão SIPAER

Pré-lançamento da Revista Conexão SIPAER


A Revista Conexão SIPAER é uma publicação periódica, editada eletronicamente pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, destinada à comunidade científica (pesquisadores, professores, pós-graduandos e graduandos) e técnica (aviadores, controladores de tráfego aéreo, pessoal de manutenção e gestores de empresas aéreas, dentre outros). Seu objetivo é promover a disseminação da informação técnico-científica produzida por pesquisadores e profissionais da área da ciência aeronáutica e ciências afins, voltados para a segurança de vôo, com foco nas atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos.

Considerando o pioneirismo da Revista Conexão SIPAER como um periódico científico da área de ciências aeronáuticas com foco na segurança de vôo, a estratégia de atuação editorial está sendo desenvolvida de forma a maximizar a penetração da revista nas comunidades aeronáutica e científica. A captação de autores e de leitores, bem como a participação das diversas instituições ligadas às atividades aéreas e de pesquisa é desenvolvida através da criação de uma rede colaborativa, agregadora dos esforços de pesquisa.

O conteúdo de uma revista de comunicação científica é estabelecido por contribuições dos próprios profissionais da área e não pela instituição que edita a publicação. O pré-lançamento tem por objetivo a captação dos artigos que irão compor o 1º número da revista. Esses artigos serão submetidos ao processo editorial de rotina da revista, o qual estará sendo testado durante o período do pré-lançamento.

A Revista Conexão SIPAER estimula a participação colaborativa entre pesquisadores de atuação acadêmica e profissionais em atividade operacional para a submissão de artigos conforme descrito na seção Diretrizes para Autores no site da revista.

São de interesse para a Revista Conexão SIPAER os trabalhos desenvolvidos por pesquisadores e profissionais das seguintes áreas: administração aeroportuária; aviação; busca e salvamento; ciência aeronáutica; comunicação e fraseologia;engenharia aeronáutica; ensaios em vôo; ergonomia; fator humano; gerenciamento de operações; instrução aérea; investigação de acidentes aeronáuticos; manutenção aeronáutica; medicina aeroespacial; sistema de gerenciamento da prevenção de acidentes aeronáuticos; tráfego aéreo e transporte aeromédico.

Poderão ser aceitos artigos de áreas transversais, como economia do transporte aéreo, direito aeronáutico, regulamentação aeronáutica, ciência da informação e outras, desde que apresentem trabalhos realizados sob o enfoque da segurança de vôo.

A data limite para submissão de artigos na primeira edição da revista é 30/09/2009, e a previsão de lançamento da mesma é 17/11/2009, como parte das comemorações do aniversário de 38 anos do CENIPA. Artigos submetidos após essa data seguirão os trâmites do processo editorial para a próxima edição.

Para mais informações, acesse a página da Revista Conexão SIPAER no
endereço http://inseer.ibict.br/sipaer
Esse é um "Press Release" oficial do CENIPA anunciando a chegada, o conteúdo e as condições de participação na revista. Leia, escreva, participe. Como é possivel notar no texto, os controladores de tráfego aéreo, dessa vez, estão sendo formalmente convidados a participar, muito diferente de outrora onde eventos dessa monta anunciavam: "Estão convidados a participar pilotos, comissários de bordo, mecânicos, funcionários de rampa, funcionários de cathering, funcionários de balcão e outros. A comunidade aeronáutica agora poderá ouvir a nossa voz fora da fraseologia e por um canal diferente do VHF. Aproveitem com responsabilidade.

Celso BigDog

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O problema é o seguinte.


Jobim cobra solução para espaço entre
poltronas de avião
Agosto de 2007
Ministro, que se reuniu com representantes das aéreas, pede relação transparente. Ele recebeu reivindicações do setor e disse que espaço dos aviões é "anti-vital".
Como o governo federal, depois de 2 anos, não conseguiu aumentar a distância entre as poltronas nos aviões, decidiu radicalizar e numa solução “Lullesca” mandou retirar os acentos de todos os voos. Então pronto! Tudo resolvido. Esse problema de acento em voo não existe mais. Qual é o seguinte?
E por falar em escrita, foi abrindo meus arquivos do tempo da ativa (ainda em zip drive), enfurnado no coração do Brasil, que encontrei algumas pérolas inspiradas pela solidão. Quem sabe eu comece outro blog para contá-las. Ai vai uma palhinha:

“Enquanto iço, penso que nenhuma outra bandeira poderá ser tão bela, quanto esta que sobe, verde e amarela! (Do poema: “O Brasil do meu Xingu” – Celso BigDog)


Veja matéria completa sobre espaço entre poltronas
Celso BigDog

No creo en brujas, pero...


Eu coloquei um feitiço em você!

Mas como sou boazinha, lhe forneço a fórmula para o antídoto. É só seguir a receita! Há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há há ...


Uma pitada de tarjeta de Ten-Cel CTA da ativa; lágrimas de ATCO em CPI-Aérea; cópia autenticada de um plano de combate ao perigo aviário; lágrimas de brigadeiro em CPI-Aérea; um pedaço de orelha de quem inventou o X-4000; raspas de grooving de Congonhas, picadinho de norma sem valor da ANAC; serragem da cara de pau do Paulo Bernardo; baforada de fumaça dos Boeing 707 da CPI dos Correios, 500 resets frustrados do sistema SITTI de comunicações, 200 indeferimentos de reengajamento de sargentos controladores; 10 alvarás assinados para construção de prédios na cabeceira 17 de Congonhas; 480 mandados de desapropriação nas imediações da pista 35 de Congonhas; cópia autenticada da área de escape de Congonhas; fotos dos prédios demolidos por ferirem a ZPA de Congonhas; cópia da punição pela infração do piloto de helicóptero (aprenda a voar comandante!); cópia da punição dos pilotos que afrontaram a controladora de Congonhas por não permitir que as aeronaves decolassem fora do horário de funcionamento do aeroporto; dois alvarás de soltura para pilotos estrangeiros sem transponder; 100 cascos de “jabuti” da Infraero e, para terminar, 1000 volumes de LRO (Livros de Registro de Ocorrências) preenchidos até 2006. Há há há há há há há há há há há há há há há há há...

Se não conseguir, será muito piooooorrrr!

Celso BigDog

Ser Supervisor ATC é padecer no... “PÁRA ISSO!”

Arremeeeeeeeeeeeeetaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!
Um descuido, uma desatenção e... “voilá!” Onde estava o supervisor que não viu isso. O acidente em Nova Iorque, da colisão do helicóptero sobre o Rio Hudson é um exemplo. Onde estava o supervisor que não viu que o controlador da posição torre estava com a namorada ao telefone? Difícil não? Vou tentar reproduzir alguns minutos de uma insana conversa envolvendo um supervisor do APP São Paulo durante seu turno de serviço.
- Olá como vai Supervisino? Tudo bem?
- Oi rapaz! Tudo bem? ... peraí... vira esse cara e passa pro final... Então rapaz, há quanto tempo? peraí... com quem está esse camarada do FL070? Ah está bem. Casou? Eu também... peraí, avisa a TWR que... o CGNA o quê? Ah só faltava essa... então você tem três filhos? Pois é eu tenho... dezoito! Diga ao CGNA que temos dezoito para pouso em Congonhas agora. Esse pessoal pensa que eu sou maluco é? Só vou aceitar mais dez e chega! Deixa eu ver... cinco, tenho cinco filhos, quatro meninas e um... filho duma égua! Porque será que arremeteu? Maria abre mais a perna que eu vou botar o meu atrás... isso! É um tucano. Eu vou com o tucano atrás. Então tenho quatro meninas e um menino. Hei! Alguém consegue entender o que esse gringo está dizendo? Parece Vanuza, Ricardo Fiuza, Usa e abusa... O que é? Hot air balloon? Aff! Diga a ele que a fraseologia correta é "Unmanned hot air balloon" pô! Esses gringos... Pois é, ele adora avião, acho que será mais um... palhaço! Diga a ele que faça a reclamação por escrito e não estique o papo... Esse camarada de Canoas está com você? Então afunda ele para o 070. Esses novinhos... Olha rapaz, me desculpe, mas não posso lhe dar atenção agora. Se o chefe me pega de trololó aqui, tô perdido.
- Poxa Supervisino! Eu sou o chefe, esqueceu?
- Caramba! É isso mesmo! Tudo bem com o senhor? ... peraí... vira esse cara e passa pro setor dois... Então capitão, há quanto tempo? peraí... com quem está esse camarada do FL100? Ah está bem. Casou? Eu também... peraí, avisa a TWR que... a Infraero o quê? Ah só faltava essa... então o senhor tem três filhos? Pois é eu tenho...
Pensa que isso não existe? Então é melhor continuar pensando assim! Peraí...
Leia Artigo
Celso BigDog

domingo, 16 de agosto de 2009

Soluções para o tráfego aéreo


Parece um contrassenso, mas é verdade. Para solucionar parte de um problema iminente no controle de tráfego aéreo, no transporte aéreo, na infraestrutura aeroportuária, está se desativando um aeroporto, para em seu lugar construir uma estação de trem. Durma com um barulho desses. De qualquer forma será melhor assim, ainda mais porque alguns aloprados já pensavam em incrementar o Campo de Marte, aumentando e entortando a pista para operar IFR na convergência de Congonhas e Guarulhos. Ufa! Menos mal! Pelo menos essa solução é paralela.
O destino do Campo de Marte

No próximo mês será lançado edital para a construção da estação paulistana do trem de alta velocidade (TAV), que ligará Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro, e que deverá estar pronto em 2014. Prazos exíguos tornam urgente uma alternativa para os pousos e decolagens da aviação executiva que opera no Campo de Marte, localizado na zona norte de São Paulo, que será desativado por ter sido escolhido pelo governo federal para abrigar as plataformas de embarque e desembarque, oficinas e pátios de manobras do trem de alta velocidade. Além da nova estação, o projeto desenvolvido pela consultoria britânica Halcrow, a pedido do governo brasileiro e escolhido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), inclui também a expansão do Centro de Convenções do Anhembi e a construção de um parque público.
Veja matéria completa: O Estado de São Paulo
Celso BigDog

Fumaça já! E sempre!


As imagens e o toque de brasilidade dispensam comentários.
Fumaça 2009


Apreciem:



Celso BigDog

sábado, 15 de agosto de 2009

Comenda sob encomenda!


Assim noticiou Gilberto Amaral em sua coluna no Jornal do Brasil 14/08/2009.


Jaguar Honorário

O presidente Lula, esteve ontem em Goiânia e Anápolis. Na base anapolina, lhe foi concedido o Título de Jaguar Honorário, só dado a pilotos do supersônico Mirage. Presenças de Jobim e Saito.

Em tempo: terça-feira, Lula vai ao Rio e visitará duas favelas. Todo cuidado é pouco. Uma delas é a do Pavãozinho.

Então gente, vai chegar o momento em que a condecoração será usada apenas para identificar os ímpios dentro de um grupo. E pensar que um dia eu já me senti ufano por ter recebido algumas.

Sinto muito nobres “Jaguares”! Tenho certeza que nada poderá abatê-los, nem mesmo a calúnia.

Em tempo também: Quem sabe se o cerimonial não se redime dessas heresias e aceita uma comenda de “Traficante Honorário” do morro do Pavãozinho!


Celso BigDog

Pedra, Papel e Tesoura!



Ministro arquiva pedido de abertura de
ações penais contra comandante da Aeronáutica


O ministro Celso de Mello negou pedido da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abrisse duas ações contra os brigadeiros Juniti Saito – comandante da Aeronáutica – e José Américo dos Santos – ministro do Superior Tribunal Militar (PET 4281), e contra Saito e o brigadeiro Luiz Carlos Bueno (PET 4361), pela suposta prática de diversos crimes previstos no Código Penal Militar.

Os processos dizem respeito a uma crise ocorrida no controle de tráfego aéreo brasileiro, que se intensificou após o acidente do avião da GOL – vôo 1907, que se chocou com um Jato Legacy em 2006, matando mais de 150 pessoas. O acidente, ocorrido na Amazônia, foi um dos maiores desastres aéreos já registrados no país. O decano da Corte, que completa vinte anos como membro do STF na próxima semana, explicou que o ajuizamento de uma ação penal privada subsidiária da pública – como a apresentada pela Febracta – só é admissível quando fica comprovada a inércia do Ministério Público para agir no prazo legal – conforme prevê a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LIX. Em todas as demais situações, a competência para propor este tipo de ação é privativa do MPF, conforme dispõe o artigo 129, I, também da Constituição. Mas não foi esse o caso, explicou Celso de Mello. O Ministério Público já se manifestou a respeito dessas acusações, a partir de notícia-crime apresentada pela própria federação.
Após analisar o pedido, o Ministério Público determinou o arquivamento do processo, alegando atipicidade penal das condutas. Além disso, lembrou o ministro, a federação não tem legitimidade para, em nome de seus associados, propor este tipo de ação. Só quem tem legitimidade para o ajuizamento de ação penal privada subsidiária da pública é o próprio ofendido, disse o ministro. MB/LF

Notimp 15/08/2009 ... do Portal STF

Quem ganhou e quem perdeu com essa batalha?
Penso que o único vencedor foi o cidadão brasileiro. Esse sim se beneficiou do reestruturamento dos serviços aeroportuários; da preocupação das autoridades com a segurança; da atualização das publicações estagnadas e anacrônicas do ATC; da sacudida na ANAC para o fiel cumprimento de suas obrigações constitucionais; da retirada dos leigos apadrinhados dos cargos de extrema complexidade técnica tanto na Infraero como na ANAC; da sacudida nas empresas aéreas em prol do usuário; do amadurecimento profissional do controlador diante do papel que desempenha; da consciência profissional dos dirigentes da FAB com relação à importância do papel do "Especialista" dentro desse universo aeronáutico; do amadurecimento político dos voluntários nas associações militares; do reaparelhamento da Força em prol da soberania nacional; de tantas outras coisas que demonstram amadurecimento profissional da instituição.
Penso que os grandes perdedores foram comandos e comandados. Se de um lado os comandados, ainda que motivados pelo medo profissional, demonstraram desrespeito à autoridade aeronáutica, de outro, esses demonstraram incompetência administrativa e desconhecimento gerencial dos serviços de tráfego aéreo, da infraestrutura disponível e dos recursos humanos do ATS. Os maiores perdedores, no entanto, foram e ainda têm sido os controladores militares novos, que estando desprovidos da estabilidade funcional vêem abrirem-se á sua frente as portas da rua, para onde deverão buscar novas perspectivas de vida.
O papel embrulha a pedra. A tesoura corta o papel. A pedra cega a tesoura.
Ainda que eu não acredite que haja um cronograma exequivel para solucionar os problemas a tempo de suportar a demanda do tráfego aéreo para a Copa do Mundo, vejo que, “nunca na história desse país”, a busca por soluções desse tipo foi tão criativa e ágil como tem sido agora.
Lá vem o trem!
Celso BigDog

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Squawk Ident!


Quer falar, defender seus pontos de vista a qualquer custo, ser ouvido e acreditado? Primeiramente identifique-se! Depois esgote todos os meios internos para comunicar as desconformidades, degrau a degrau, até que se chegue ao topo. Não ficou satisfeito? Repita a operação acrescentando novos pontos de vista para o mesmo problema. É comum sermos incompreendidos, pois a correspondência do interlocutor no meio militar nem sempre é experta. Lembre-se que os postos de comando e gerência são definidos pela hierarquia. O “denuncismo” sem provas se alinha àquela política que não nos levará a lugar algum. A velha “cara quadriculada e voz de pato” não tem e nunca terá fé pública.

As comunicações devem ter um caráter formal. Dê uma lida no chamado “SAC 0800 (Serviço de Atendimento ao Controlador)” ICA 800-1 Gestão da Qualidade no SISCEAB . Lembro-me de um velho suboficial na década de 70 que emitindo seus relatórios protocolados à chefia, sabiamente arrematava: “- problema transferido, problema resolvido”. Lembre-se: papo de briefing, conversas no cafezinho, fofocas nos corredores, desabafos nos churrascos, não produzem efeito, pois, "palavras o vento leva"!

Assisti recentemente uma entrevista do brigadeiro Nicácio, a quem declaro minha grande admiração, ex-presidente da INFRAERO e franco favorito na escalada da sucessão ao Comando da Aeronáutica, que me chamou a atenção.

Perguntado pelo repórter: - “o que foi preciso para se promover transformações tão profundas na INFRAERO, coragem?” – ao que ele responde serenamente: - “Convicção!”


Um homem quando trabalha com convicção no que faz, não precisa arranjar argumentos para exercer a liderança.

Celso BigDog

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Enfim o bom senso!

Campo de Marte deve ser desativado


O Campo de Marte, inaugurado em 1920 como primeiro aeroporto da cidade de São Paulo, deverá ser totalmente desativado para aviação executiva nos próximos cinco anos. O espaço ocupado atualmente pela pista de pouso e decolagem dará lugar à estação paulistana do trem de alta velocidade (TAV), de onde vão partir os passageiros com destino a Campinas (SP) e ao Rio de Janeiro, conforme projeto do governo federal já negociado com a Prefeitura e o Estado de São Paulo.
Celso BigDog

O ATC e a tecnologia: - "A hora do sim"!


É impossível frear o desenvolvimento tecnológico. É impossível prever até onde isso irá nos levar. É impossível saber quais as consequências diretas ou indiretas dessa convivência. Mas o que é possível e desejável é a vigilância diuturna contra a aplicação indiscriminada e inconsequente de certas concepções tecnológicas. Os controladores de hoje e gerentes do amanhã, não podem aceitar passivamente sistemas e equipamentos que visem exclusivamente tarefas voltadas ao aspecto econômico/financeiro. É preciso quantificar, dentro desses sistemas, qual o índice do ganho operacional e do ganho de segurança que ele oferece. Se isso for insignificante, por que adotá-lo?

Vejo com certa preocupação o caminhar desses processos. Primeiro um sistema é apresentado ao grupo. Dentro desse grupo é escolhido um subgrupo que comporá a comissão de aceitação da novidade. Dentro dessa comissão encontramos, na maioria das vezes, membros antigos e experientes, mas em fim de carreira, ávidos por um lugar ao sol após o decesso militar que se aproxima. Deles não se pode esperar um comprometimento leal aos colegas mais novos, porque amanhã, uma vida civil o espera com um atraente cargo naquela mesma empresa. Tudo não passa de um aliciamento velado, silencioso como um flerte. Aquele que ousar discordar dos planos estabelecidos tanto pelo contratante quanto pela contratada, estará fora!

Penso que uma "equipe de aceitação" deve ser composta por profissionais de média vida operacional, nem tão novo que lhe falte experiência, nem tão antigo que lhe falte comprometimento. Em resumo poderíamos dizer que aquele que aceita um produto será mais rigoroso “se tiver que conviver com ele durante muito tempo”, e isso se traduzirá naturalmente em maior critério de aceitação no momento de dizer sim.

E tenho dito!

Celso BigDog

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

São Leiguinhos, são leiguinhos!



Um momento de descontração dentro de tanta tristeza...
Depois de vasculhar a área do acidente durante 70 dias, um boato quebrou a monotonia da equipe de buscas. “Encontraram a caixa preta!” Segundo informação não confirmada, a caixa estaria vazia e com sinais de que fora aberta durante o impacto, perdendo seu conteúdo.
Enquanto isso, para desviar o foco das atenções, o governo francês insistia em responsabilizar um tal buraco negro. O governo senegalês de pronto se esquivou dizendo que nós é que entendemos dessas coisas. Já o governo brasileiro, usando um brilhante discurso de “Patropi” declara: -“Sei lá, entende?”
O fato é que eles encontraram sim a tal caixa preta. Bastou fechar um acordo com São Longuinho, sabem aquele dos três pulinhos? -“São Longuinho, São Longuinho, se eu encontrar a caixa preta darei três pulinhos!” - Foi batata! Difícil foi convencer o Sarkozy a dar os desconcertantes pulinhos, ainda mais que o problema não estaria resolvido, acreditem! Esqueceram de avisar São Longuinho, que a tal "caixa preta", era na verdade laranja! Ah esses leigos!
Dizem que o presidente francês está pulando até agora, não se sabe se é de raiva ou se está fazendo outra simpatia?
Saint Longuin, Saint Longuin, si je trouve la boîte orange donne trois petits sauts. Orange! A entendu bien ? O – ran – ge!
Oh mon Dieu! ... un... deux... trois !
Celso ChienGrand, digo BigDog

Tentando entender o “Buraco Negro” do ATC?


Relaxa! Tecnicamente nem os controladores sabem o que é! A grosso modo “buraco negro” é uma região dentro de uma área controlada onde as ondas eletromagnéticas não são captadas, quer seja por deficiência de propagação, quer seja pela distância dos transmissores em terra. Buraco negro é um termo que tem sido empregado para acusar essas falhas tanto no sistema de comunicação (VHF – rádio entre o controlador e o piloto) quanto no sistema de visualização RADAR.
De qualquer forma, apesar da tecnologia avançada que nos serve, esses fenômenos sempre existiram em algum ponto. Para o leigo não é fácil entender a imensa dificuldade logística de se instalar um sítio de repetição de sinais no coração da Amazônia. Posso afirmar isso com conhecimento de causa, pois já tive a oportunidade de comandar um desses destacamentos bem remoto no coração do Brasil, cerca de 500 quilômetros do asfalto mais próximo.
Outras situações são realmente muito difíceis de entender, até porque não ficam em região remota. Saibam que tivemos um desses buracos bem no coração da TMA São Paulo. Durante muitos e muitos anos os controladores paulistas conviveram com ele no sistema de RADAR. Independentes de qualquer interferência administrativa sempre se precaviam dessa possibilidade de falha, e empregavam procedimentos defensivos para que uma aeronave ao atravessar o famoso “Buraco do Her...”, melhor não dizer o nome do buraco. É... isso mesmo. É melhor pular essa parte.

Concluindo: - “Buraco Negro no ATC” é como pum. É algo que ninguém vê, ninguém assume, mas que todos o percebem de uma maneira bem desagradável.

Celso BigDog

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Marketing Pessoal na Caserna


Olá! Olha quem eu trouxe para lhe fazer companhia!


O consultor Max Gehringer fala sobre marketing pessoal. Por analogia podemos tentar entender e arriscar um palpite sobre o que poderia ser feito para tornar mais atrativa e eficiente a carreira militar. É certo que essas mudanças esbarram no medo da quebra da hierarquia, ameaçada pelo desnivel técnico entre comando e comandado, relação que muitas vezes parece estar de cabeça para baixo. Ao final da palestra assim diz Max Gehringer:

"Numa empresa séria quem tem marketing pessoal sempre recebe atenção da chefia e apoio dos colegas. Numa empresa medíocre a mesma pessoa pode ser vista como uma ameaça. Nesse caso não adianta querer mudar a empresa. O melhor é mudar de empresa".

Vale a pena assistir. Enjoy:



Celso BigDog

Amanhã!



Amanhã!
(Guilherme Arantes)

Amanhã!
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar

Amanhã!
Redobrada a força
Prá cima que não cessa
Há de vingar

Amanhã!
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro rei vai brilhar

Amanhã!
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar!
Há de imperar!

Amanhã!
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Existe e é prá vicejar.

Amanhã!
Apesar de hoje
Será a estrada que surge
Prá se trilhar.

Amanhã!
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar.

Amanhã!
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno!
Será pleno!

Esta obra de arte do poeta Guilherme Arantes, se cantada ou declamada por quem busca sua dignidade, por quem espera dias melhores, por quem clama por justiça, funciona como um bálsamo que anima e fortifica, que consola e acalma. Ainda que o assunto fuja dos motivos que me levaram a alimentar esse blog, ofereço a você esse momento mágico, essa felicidade de poder esperar por um novo dia, novas expectativas e novos motivos para sonhar.
Amanhã, será um lindo dia...
Celso BigDog

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Proposta sugere criação do quadro de Suboficial-FE (For Ever)

QQQSSOQC
Quadro para Quem Quer Ser Suboficial a Qualquer Custo

Suboficial do Ar (Tempo de Guerra)
Suboficial-Tenente
Suboficial-Major
Suboficial Só
Aspirante-SO

Segundo o idealizador desse plano de carreira, o Brigadeiro RRRR (Reserva Remunerada com Ressucitação Retroativa) Carlos Darwin, a teoria da evolução da espécie militar é bastante consistente. Pesquisas comprovam que certos dinossauros do ATC (por exemplo), mesmo depois da RR continuam trabalhando com uma vitalidade invejável, o que comprova que 30 anos de serviço é muito pouco. Dessa forma moçada da ativa, prepare o lombo porque junto com esse “incentivo” virá ai logo adiante mais uma CHG no Tempo Estimado de Voo: 35 ou 40 anos para o serviço ativo. Até o momento considero que isso seja apenas um balão de ensaio do tipo: "Sua aposentadoria subiu no telhado", mas ninguém se surpreenda com mais mudanças na regra do jogo durante a partida. - Olha, agora o coringa não vale mais heim? Ou então: - Agora o ZAP é o 8 de Paus!

Enfim, leia com atenção e tire suas próprias conclusões. A proposta é da ARFAMIL - Associação de Resgate da Familia Militar - Canoas-RS.
Preste atenção ao último parágrafo do artigo. Por enquanto isso é apenas uma proposta.
Então é isso ai!
http://www.arfamil.org.br/plano-de-carreira.html

Celso BigDog