quinta-feira, 30 de julho de 2009

Brincando de tráfego aéreo


Numa manhã tão comum como outras tantas...

- Paaaaaiiiiii!!!!!!!!!! O Henrique está andando devagarinho na pista só para eu não pousar os outros aviões!
- É bom pra você treinar, meu filho. Faz de conta que ele é um avião da GOL.
- É mentira papai. Eu fico esperando o Augusto autorizar eu decolar e ele diz pra eu esperar. Fica rindo de mim.
- Augustô! Quer ficar de castigo é? Se continuar assim eu te coloco pra brincar de casinha com a tua irmã.
- Mas papai. O meu radinho não funciona. Acho que acabou a pilha.
- Não interessa! Se vira! Tira as pilhas da boneca da Letícia. Você está exercendo uma péssima influência nos teus irmãos. Pensa que eu não estou vendo é?
- Eu vou contar pra mamãe quando ela chegar.
- Você é um fofoqueiro mesmo. Aliás, vocês fazem fofoca a dois.
- Então não brinco mais!
- Hei! Espera ai! Você não pode fazer isso!
- Posso sim. Eu vou brincar de juiz ou delegado sozinho. E se você vier me perturbar eu te prendo no quarto.
- Paaaai! O Ricão está me ameaçando!
- Henrique, você está caindo no meu conceito viu? Quando você vier me pedir alguma coisa já sabe qual será a resposta né?
- Vai na casa do seu Antonio e pede para ele contar histórias pra você. Depois de 30 anos trabalhando no aeroporto isso para ele é uma brincadeira.
- Eu não! Ontem ele disse que só fazia isso porque não tinha outra coisa pra fazer, e que está de saco cheio desse assunto.
- Ele disse isso?
- Disse!
- Velho gagá! Bem... Vamos fazer de conta que a gente não ouviu. Por enquanto eu preciso dele para ter com quem deixar vocês quando viajo. Vão brincar e me deixem em paz!
- Podemos brincar de pular?
- Não! Nem pensar!
- Mas faz tempo que não damos um pulinho sequer...
- Não! Se eu pegar alguém pulando vou deixar de castigo!
- Ah papai! Vai dizer que o senhor nunca pulou?
- Eu? Hum... Eu não. Quer dizer, não me lembro. Acho que meu pai não deixava!
- E vai dizer que o vovô nunca pulou?
- Calem a boca, senão vou mandar vocês passarem uns tempos no apartamento da tia ...
- Papai o seu Antonio disse que trabalhava na Zona!
- O quê?
- É... Ele disse que trabalhou na Zona muito tempo e que quando virou COMAR ele foi transferido.
- Ah! Zona Aérea! Zona Aérea! Ai que susto menino... Esse tráfego aéreo... é brincadeira!

Alegrai-vos!
Celso BigDog

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Dezembro de 2015 – Minha primeira viagem de trem-bala.


Já que o assunto do momento é "bala", vejamos uma versão futurista...

São Paulo - 2015 D.C.
Lembrando o cantor Belchior, segui para a estação parodiando um velho sucesso na tentativa de espantar a apreensão e a ansiedade.
"Foi por medo de trem-bala,
que eu segurei firmemente à minha mala...
Agora ficou fácil,
todo mundo compreende
aquele toque Beatle
I wanna hold your bag.
Aquele toque Beatle,
I wanna hold your bag.
Yeh, Yeh, Yeh! Yeh, Yeh, Yeh!
Yeh, Yeh, Yeh! Yeeeh!"
Sentei-me na poltrona da janelinha e logo um garoto vendendo amendoim salgadinho veio na vidraça. Entortando a boca perguntei: - Como vou pegá-lo se a janela não abre? - Mostrando um walk-talk e fazendo um mímica disse: - basta me falar o número de sua poltrona e alguém irá entregar ai. Dito e feito! Essa tecnologia já contaminou até a informalidade.

Enquanto ouvia as últimas instruções de segurança ... em caso de mau cheiro do rio Tietê, máscaras cairão automaticamente sobre suas cabeças ... mastigava os primeiros grãos de amendoim. Afundei na poltrona quando o trem partiu como um foguete, como uma bala.
Como é de costume, abri o jornal e ali estavam as manchetes:

“BRASILEIRO É O MAIS NOVO CAMPEÃO DO X-GAMES NA MODALIDADE DE SURFISMO FERROVIÁRIO”.
O ex-pingente da RFFSA Robson Prodígio foi o grande vencedor do X-Games do Campeonato Mundial de surf ferroviário em trem bala. O recorde foi batido com a velocidade de 305 km horários, quando o atleta foi arremessado nas águas do rio Paraíba do Sul. Ao ser resgatado apresentou os olhos extremamente arregalados, talvez pela ação pós traumática causada pelo vento.

“PRESIDENTE DA ABCDEF É PRESO”
A Associação Brasileira dos Controladores Do Espaço Ferroviário alega que o sistema usado no controle dos trilhos faz o trem mudar de linha aleatoriamente e isso pode induzir o operador ao erro. Diante disso, alegando procedimento de segurança, decidiram interromper as operações. O presidente da entidade o senhor ...

E chega a Trilhomoça:
– Barrinha de cereal senhor? Vai beber qual água? Mineral ou torneiral?
Enquanto a sorridente trilhomoça atendia o cavalheiro ao meu lado o trem diminuiu a velocidade. Diminuiu, diminuiu, diminuiu mais e parou.
Já estava ficando enjoado com a espera quando o Motorneiro passando o comando para o Co-motorneiro, fez o seguinte speach:

- Senhores passageiros, bom dia aqui é o Maquinista Joseph Seelvah. Nossa composição, quando em movimento, pode atingir a velocidade de 330 km horários, mas no momento estamos parados nessa curva, na altura de Volta Redonda. A temperatura externa do ar é de 23 graus Celsius, mas nossos vagões estão ajustados para uma agradável temperatura interna de 22 graus. Houve uma interrupção da viagem devido a problemas no serviço de controle do espaço ferroviário, que acreditamos não ter solução rápida. Nossa coordenação informa que dessa vez o fato está ligado ao roubo de fios da rede elétrica, em algum ponto dos 500 km da ferrovia. Enquanto isso, para seu entretenimento, apresentaremos o filme "A Ponte do Rio que cai". Um clássico do cinema que mostra a queda do volume de usuários da ponte aérea São Paulo-Rio após a inauguração do sistema ferroviário de alta velocidade. Velhos problemas com nova roupagem. Você vai se emocionar. Com Willian Hold, Alec Guinnes Book e grande elenco. Na sequência assistam "The Terminal" – A película conta a história de um homem preso num terminal de trem, por ter sua entrada no estado de destino negada e, também, não poder retornar ao seu estado de origem, a fictícia Candangóvia, devido a uma revolução. Estrelado por João Renks e Catherine Zeta-Flex.
Se depois das quatro horas de filmes ainda estivermos parados aqui, assistam "Vale a Pena Ver de Novo!"
É um prazer tê-los conosco e obrigado por escolherem a TRAN, a mais nova coligada da Train Alliance.

Viajei mesmo heim?
Celso BigDog

Não estou reclamando!


Realizando um cansativo voo com escala no Rio de Janeiro, Galeão, segui minha “Aerovia Crucis” de volta para casa depois de seis meses de ausência. Um jornal “lido” enfiado na bolsa abaixo da mesinha retrátil chamou-me a atenção pela manchete: "Dono da VOU sob suspeita de pistolagem". Caramba! O dono da empresa que estou voando agora! Isso definitivamente pode ser considerado como sinal dos tempos. Parece que cada vez mais o delito toma uma dimensão tal que, até mesmo eu, um eterno indignado começa a achar graça da desgraça.
Movido pelo cansaço, fechei os olhos e pus-me a viajar ao passado. Lembrei-me da família Transbrasil, que tive o prazer de compor por tantos anos, sempre orquestrada pelo saudoso comandante Omar Fontana. O Capitão dava exemplo a seus funcionários simplesmente assumindo o cockpit e transportando com suas próprias mãos os passageiros que lhe honravam com a preferência. Eu costumava brincar com as palavras dizendo que “Deus criou o céu, a terra e Omar, a Transbrasil”.
Hoje em dia não consigo imaginar o que restará de bom para meus netos. Se você entrega sua vida a uma companhia aérea... cujo dono... é suspeito de pistolagem... ah... hum... E assim, vencido pela lábia do Morpheu, deixei-me levar. De repente uma terrível frase injetou uma overdose de adrenalina em minha corrente sanguínea, levando-me ao sobressalto e ao ímpeto de correr: “Olha a bala!”
Com o coração saindo pela boca e com os batimentos cardíacos descompassados, tentei proteger-me atrás de uma poltrona, mas deparei-me com uma sorridente comissária que, estendendo uma bandeja apinhada de balas “7 Belo” fazia seu desconcertante serviço de bordo. Aceita bala senhor? Mesmo achando muita graça naquele minguado serviço, fiquei quieto. E eu sou doido de reclamar? Vai que o homem se zanga!
Ah! Bons tempos aqueles... Saudades doutor Omar. Que Deus o tenha.
Celso BigDog

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aprovado o projeto das Estações de Trem Bala


A Infratrilho que administrará a infraestrutura ferroviária de alta velocidade do país aprovou ontem o projeto padronizado das estações do “Candy Train” ou Trem Bala. O projeto já prevê também expansão dos terminais, caso algum maluco resolva inventar um A-Trem 380 para transportar cinco mil passageiros. A Infratrilho já abriu também processo de concorrência para alvarás de barraquinhas de camelôs e churasquinhos nas escadarias das estações de embarque.
Participaram também do CONFEC - Conselho Nacional Ferroviário Civil - o Comandante da Força Ferroviária Brasileira, o Diretor do CGNF - Centro de Gerenciamento de Navegação Ferroviávia e a Presidente da ANFEC – Agência Nacional da Ferrovia Civil.
O PAC já liberou para o DECEF – Departamento de Controle do Espaço Ferroviário, sob o comando do Tenente Motorneiro João, a verba necessária para formação de novos controladores de trilhos.
Bem... chega de abobrinha não? Veja notícia interessante abaixo:
Trem-bala entre São Paulo e Rio custará R$ 34,6 bi; passagem sai a partir de R$ 150

Folha Online, Brasília 16/07/2009


O trem de alta velocidade que ligará São Paulo ao Rio custará R$ 34,6 bilhões, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O valor ficou 63% acima do previsto no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que era de US$ 11 bilhões (o que equivale a aproximadamente R$ 21,23 bilhões). A obra deverá ir a leilão até o fim do ano e será concluída em 2014.
A estimativa para a passagem entre São Paulo e Rio de Janeiro fora do horário de pico é de R$ 150 na classe econômica e R$ 200 na executiva e de R$ 200 na econômica e R$ 325 na executiva durante o horário de pico.
Os custos incluem construção da linha, aquisição de trens, desapropriação e medidas socioambientais e implantação de todos os sistemas necessários. Os maiores custos serão das obras civis, R$ 24,5 bilhões.
De acordo com o estudo, o trem-bala transportaria, em 2014, 6,4 milhões de passageiros por ano, contra 3,9 milhões do transporte aéreo, 960 mil de automóveis e 865 mil de ônibus. Atualmente, a demanda do transporte aéreo é de 4,4 milhões de passageiros por ano. A estimativa é de que, em 2024, a demanda pelo trem de alta velocidade passe para 10,2 milhões de passageiros por ano e, em 2044, para 24,9 milhões por ano.
O trem terá um serviço expresso, que ligará as capitais São Paulo e Rio diretamente, em uma viagem de 1 hora e 33 minutos, saindo do Campo de Marte e chegando à Barão de Mauá.
Haverá também o serviço regional de longa distância, entre Campinas (SP) e Rio de Janeiro, com paradas no aeroporto internacional de Viracopos (SP), aeroporto internacional de Guarulhos (SP), Volta Redonda e Barra Mansa (RJ) e aeroporto internacional do Galeão (RJ). Será oferecido ainda o serviço regional de curta distância, ligando Campinas a São José dos Campos, com paradas em São Paulo e aeroporto de Guarulhos.
Em 2014, a previsão de ter 42 trens operando sendo que serão três trens a cada 20 minutos no Serviço Expresso (por hora, por direção) no horário de pico e 1,5 trem a cada 40 minutos fora do horário de pico.
Para mim uma triste conclusão. O governo ao sentir-se incapaz de resolver definitivamente o problema aéreo brasileiro, que ainda é pequeno em relação ao movimento registrado nos países do primeiro mundo, parte para uma saída alternativa. Quem sabe se a experiência adquirida com trens de pouso não ajude a manter os novos trens nos trilhos.
Sai da frente! Piuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Celso BigDog

domingo, 19 de julho de 2009

O PAC investe na aquisição de balizadores aéreos.


A Buratek – Indústria de Balizadores Aéreos, em parceria com a empresa francesa Aveugle Moi venceu a licitação do setor aéreo e lança com exclusividade para Brasil o balão Jean Burracon. Além do serviço de utilidade pública, balizando os “buracos negros” das aerovias e FIR Oceânica, JB, como vem sendo carinhosamente chamado, passará a estar presente em eventos, feiras e shows aéreos comemorativos aos 2 anos da instauração da CPI do Sistema Aéreo.
Participa do processo de modernização do setor a empresa Psitti – Sinalização em LIBRAS (linguagem brasileira de sinais para surdos) para complemento backup das áreas de silêncio de freqüências VHF e telefonia.
Em data ainda a ser fixada, o evento de lançamento em Brasília contará com a presença, já confirmada, dos Chefes de Estado Sarkozy e Berlusconi, abrilhantado por esquadrilhas de aeronaves Rafalle gentilmente cedidas pela França para um "fly test"e muita pizza diretamente da Itália.
Celso BigDog

sábado, 18 de julho de 2009

A galinha dos ovos de ouro


O dinheiro arrecadado com as onze tarifas hoje incidentes no custo das passagens aéreas é distribuído entre a Infraero, que administra os aeroportos, o Comando da Aeronáutica, que recebe recursos para o Fundo Aeronáutico e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Secretaria de Finanças da Aeronáutica e o Tesouro Nacional. Somente este ano, até maio, o faturamento com tarifas aeroportuárias e de navegação aérea somou R$ 1,432 bilhão.
16/07 - 13:02 - Agência Estado

Com a atual facilidade e acessibilidade à informação, mais dia ou menos dia tudo aquilo que você não entende dentro desse assunto aeronáutico, começa fazer sentido. Ainda que paire uma sombra de dúvida entre as questões “segurança nacional e interesse econômico”, não há como não formar opinião a respeito.
Não é preciso pesquisar muito para saber que “segurança” é uma coisa cara, que apesar da indiscutível necessidade e o brilhante desempenho de nossa Força Aérea, podemos compará-la a um poço sem fundo, onde o dinheiro transita numa via de mão única. Compra de aviões, suprimentos de manutenção, folha de pagamento, formação de profissionais e treinamento no exterior, combustível etc... Isso realmente consome muito dinheiro. Contudo, temos que admitir que a defesa da soberania não tem preço. Mas, uma coisa é uma coisa e outra coisa são duas coisas. Dentro dessa complexa família que trabalha para um patrão governamental, há um primo rico, empreendedor, capaz de multiplicar o dinheiro que recebe para prestar segurança e ainda custear certas necessidades dos parentes que estariam além de suas posses.
Toda vez que o primo fala em mudar-se para outra casa, onde pretende morar sozinho e constituir sua própria família, há uma gritaria geral – “Como vamos sobreviver sem nossa Galinha dos Ovos de Ouro”? - Argumentam...
Era só o que faltava! Agora que o patrão começa a crescer os olhos na prosperidade de seu funcionário, quer mudar a regra do jogo. Êpa! Espera um pouco. Vejam só! Ocorreu-me uma dúvida: “Será que a família ainda vai querer esse primo morando em casa, caso o patrão o despoje das suas fontes de renda?”
Agência Estado
Celso BigDog

quinta-feira, 16 de julho de 2009

E agora José?

SERVIÇOS DE SALVAMENTO E CONTRA-INCÊNDIO
- Alô! É da Torre?
- Sim
- Eu gostaria de falar com o supervisor, por favor.
- Pronto. Sou eu mesmo, controlador José.
- Aqui é o cabo Bombeiro João. Eu gostaria de informar que quebrou um de nossos veículos e estaremos provisoriamente atendendo até CAT 6, ao invés de CAT 9 okay? Assim que normalizar eu informo.
- Tá bom João. Obrigado!
E então? Como fica a situação?
Normalmente essa informação (quando é passada) é guardada no bolso e raramente registrada no Livro de ocorrências. Mas vamos analisar qual a importância dela. Não é preciso pensar muito para se chegar à conclusão de que, se nesse meio tempo uma aeronave CAT 8 ou CAT 9 entra numa situação de emergência, como atendê-la com todos os requisitos previstos? De quem será a responsabilidade dessa deficiência?
Posso garantir aos senhores que essa informação não pode ser guardada. Ela deve estar disponível, nesse caso, para todos os pilotos que operam aeronaves acima de CAT 6 enquanto durar a restrição. A decisão de “pousar ou não” é exclusivamente da alçada do piloto em comando. Se ele for consultado e não aceitar a condição degradada, prosseguirá para o aeródromo de alternativa.

Mas a minha preocupação se fixa em outro problema. Relembrando dois terríveis acidentes com as aeronaves da TAM (402 e 3054) nos arredores de Congonhas, questiono se os serviços contra incêndio previstos e publicados para o aeroporto (AIP-Brasil, AD 2.6 SERVIÇOS DE SALVAMENTO E CONTRA-INCÊNDIO) foram mantidos durante o atendimento aos sinistros. Se não foram, quem seria responsabilizado caso outro acidente se apresentasse logo após a liberação do aeroporto? É sabido que as viaturas saíram para o atendimento externo. Alguém checou a integridade do SCI previsto antes de reiniciar as operações? É quase certo que, estando a equipe emocionalmente abalada, não!
Apesar da forte influência e pressão do CGNA e das empresas aéreas em fazer fluir o tráfego aéreo, exigindo o reinício das operações, não se deve ceder sem antes certificar-se da normalidade dos serviços SCI –Serviços Contra Incêndio e SM – Serviço Médico do Aeroporto, porque, se nesse ínterim ocorrer um sinistro na pista, com certeza alguém perguntará: “E agora José?”

Consulte AIP-AD2

Tabela Categorias de Aeronaves (2.1 - Determinação da Categoria de Aeronaves, Pag 0-21)

Celso BigDog

terça-feira, 14 de julho de 2009

A.O.G.


A.O.G. é uma sigla usada na aviação para informar que uma aeronave está retida em algum porto - Aircraft On Ground - mas hoje parece que adquiriu nova interpretação: “Airbus On Ground”. Essa situação que passou da unidade para o coletivo é um fenômeno moderno causado por uma realidade que não existia com a aviação de outrora: “a informação em tempo real”.
Quantas histórias terríveis eram contadas de boca em boca na aviação e eram abafadas ali mesmo, no D.O, no hangar, no pátio, nos pernoites pelo Brasil e pelo mundo afora. Mas hoje um simples bate boca entre passageiro e tripulante já se torna um assunto de chat, Youtube, listas de discussão e até mesmo de comunidade Orkut como, por exemplo: “Eu odeio barrinha de cereal!”.
Pior do que a diferença de pressão atmosférica, que um simples sistema de pressurização pode dar jeito, subindo ou descendo a cabine, é a pressão da opinião pública. Essa sim é terrível. De um só golpe pode esmagar não só um avião, mas uma frota inteira, ou até mesmo uma indústria inteira. Já se fala em “groundear” toda a frota de aeronaves Airbus de grande percurso. Será que o problema está no tamanho do percurso ou no tal Fly By Wire? Não me parece ser uma perseguição comercial, pois os fatos falam por si. Seria então o “inferno astral” da companhia ou a comprovação de um equívoco tecnológico que nos obrigará dar um passo atrás?
Enquanto isso... oremos...
Celso BigDog
A última do A330

domingo, 12 de julho de 2009

Uma no cravo e outra na ferradura!


Deus nos deu dois ouvidos para ouvirmos bem, dois olhos para enxergarmos bem, duas narinas para sentirmos bem o aroma do perfume e o cheiro do perigo, e uma só boca para falarmos pouco.
Muito profundo esse pensamento. Profundo, mas anacrônico. Hoje é possível conhecer a opinião das pessoas sem ouvi-las; falar para uma infinidade delas sem sequer abrir a boca. É possível buscar informação do outro lado do mundo em segundos. É possível expressar-se calado mostrando somente uma imagem, uma figura ou um filme. Deus nos deu mais do que duas orelhas, dois olhos, duas narinas e uma boca. “Ele” nos deu dez dedos.

Depois da odiosa edição da ICA 100-25, a chamada "ICA do Mal", o Comando da Aeronáutica surpreende e edita uma instrução utilizando a técnica do ferreiro, que depois de uma martelada no cravo aplica a seguinte na ferradura. Conheça a ICA 800-1 GESTÃO DA QUALIDADE NO SISCEAB (11 de maio de 2009), que mesmo não tendo sido concebida com esse fim, atribui formalmente responsabilidades ao alto escalão, pelos resultados e qualidade (bons e maus), dos serviços ATS prestados no Brasil.
Você que sempre reclamou da inércia do LRO - Livro de Registro de Ocorrências, precisa conhecer agora a definição do papel da Alta Direção dentro do SISCEAB. Conheça, participe, comunique formalmente cada desconformidade observada dentro dos princípios operacionais e de segurança. Relacione-os com os capítulos, itens, subitens, parágrafos, alíneas, notas, páginas e faça a máquina funcionar.
...
7.6.4 Quando for necessária a aceitação e a liberação de um serviço não conforme, tal decisão caberá à autoridade competente. Neste caso, devem ser mantidos os registros das decisões, identificando o respectivo responsável.
...
Antes tarde do que nunca!
ICA 800-1

Celso BigDog

EEAR - O Filme!

Baseado em fatos reais.
Emocionante.
Surpreendente.
Envolvente.
Conta a história de um jovem sonhador que vê seus ideais esmaecerem em meio à fumaça da incerteza e da mentira. O enredo inicia-se dentro de uma humilde família brasileira e sua singela casa, de onde o primogênito partiu com sua escassa sacola de roupas. Dentro, uma camisa Volta ao Mundo, uma calça Faroeste, um sapato de borracha Verlon e um Conga. No bolso algumas moedas de pouco valor, meio chiclete Ping-Pong que caprichosamente dividiu ao meio, tendo o cuidado de guardar o Pong para uma ocasião especial. Na cabeça canções de Roberto Carlos falando da saudade de casa, da ansiedade e da alegria da volta que já planejava. Das histórias que iria contar nas rodas de amigos. Dos feitos exagerados para conquistar a atenção das meninas mais bonitas. O filme conta uma história comum a milhares de humildes jovens brasileiros que abandonam suas famílias, seus amigos, seus animais de estimação, e prematuramente sua adolescência em troca de uma clausura de dois anos e de uma carreira indefinida e desconhecida.
É desse sonho, que sonhei esperançosamente por 30 anos, que reclamo. É com esse sonho que me identifico, pois nos moldes de um jogo de cartas marcadas, assisti suas regras sendo inescrupulosamente modificadas dia-a-dia, ano a ano, governo a governo, por simples capricho de comandos. É com esse filme que me identifico, pois permaneci esperançoso até o fechar das cortinas, ávido por uma novidade de última hora, por um “gran-finale” que nunca aconteceu. Fecho os olhos e revejo quadro a quadro ainda hoje, na reserva, ainda que não queira pensar, ainda que não queira mais sonhar.
Este filme está sempre em cartaz bem perto de nós, tão perto que só é possível vê-lo quando, por algum motivo, nos afastamos.
Celso BigDog

A Vaca de Tróia.

Parábola
Um mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer-lhe uma breve visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos. Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então, aproximou-se do senhor e perguntou-lhe:

– Neste lugar, não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como a sua família sobrevive aqui?

O senhor respondeu:

– Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite. Uma parte do produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por comida e a outra produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo.

O sábio agradeceu, se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu discípulo e ordenou-lhe:

– Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e jogue-a.

O jovem arregalou os olhos e questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família; mas, como percebeu o silêncio do seu mestre, cumpriu a ordem: empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.
Anos depois, ele resolveu largar tudo e voltar àquele lugar, pedir perdão e ajudar a família. Quando se aproximou, do local avistou um sítio bonito, com árvores floridas, carro na garagem e crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que a família tivera de vender o sítio para sobreviver.
Chegando lá, foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre as pessoas que ali moravam. Ele respondeu:

– Continuam aqui.

Espantado, entrou casa adentro e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):

– Como o senhor melhorou o lugar e agora está bem?

O senhor, entusiasmado, respondeu:

– Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos de fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos e, assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.
Não se desespere se alguém jogou sua vaca no precipício. Quem sabe se não é sinal de um recomeço, de uma reação fértil de satisfação pessoal ou de sucesso profissional. As vezes a vida nos presenteia com essas vacas e nos acomodamos. Muitas vezes também o que parece ser uma vaca leiteira não passa de um presente de grego, recheado de segundas intenções e surpresas desagradáveis.
Ah! O que isso tem a ver com tráfego aéreo? Sei lá! Alguma coisa deve ter, não?
Celso BigDog

sábado, 11 de julho de 2009

Aeroporto Internacional "Alfred Hitchcock"

Perigo aviário de novo?
FAB estima até 7 colisões por dia nas pistas do País
Porto Alegre e Belo Horizonte usam técnicas de falcoaria para espantar pássaros de aeroportos. O choque entre aves e aviões durante pousos e decolagens é um perigo iminente nos aeroportos brasileiros. Foram 550 acidentes em 2008, contra 567 no ano anterior e 486 em 2006, de acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (cenipa). Essas colisões dão prejuízo de mais de US$ 3 milhões por ano no País, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Por causa da subnotificação, o Programa de Controle do Perigo Aviário do cenipa aponta que as batidas contra aves possam atingir a marca de 2 mil a 2, 5 mil choques - média de até 7 colisões por dia.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informa que "a subnotificação ocorre ao ser considerados todos os aeroportos existentes no Brasil". Porém, não é o caso dos 67 aeroportos da empresa, que têm um grupo treinado para observar e reportar sempre que houver indício de possível colisão, justifica a estatal, em nota.
De acordo com o cenipa, os choques entre aeronaves e pássaros acontecem, na maioria das vezes, nos momentos de aproximação ao aeroporto, como pousos e decolagens. O aeroporto é tido como uma área bastante atraente para as aves, pois há grande área livre e limpa e alimento disponível, como as sementes de grama.
O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está adotando 11 falcões para vigiar suas pistas e afugentar aves em voo. Nas pistas, a patrulha será feita por cães. A experiência com falcões já é utilizada no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, que conseguiu reduzir em 37% o número de ocorrências com o apoio de quatro falcões e dois gaviões adestrados.
A técnica de falcoaria é considerada eficaz e ecológica. Mas há também ações com buzinas e sons, elementos químicos, luzes e rojões. Uma das mais recentes técnicas é a chamada birdstrike prevention system, um modelo de aeronave guiada por controle remoto que imita predadores, como gaviões e falcões.
A Infraero usa a falcoaria apenas nos aeroportos de Porto Alegre e Belo Horizonte. "A Infraero está finalizando o convênio com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, da Universidade de Brasília, que visa à elaboração de plano de manejo de fauna para diversos aeroportos. Nesses planos, a falcoaria poderá ser identificada como opção viável para o controle da fauna. A adoção da falcoaria como única alternativa não atende ao plano de manejo de fauna", informa a empresa.
No Rio Grande do Sul, a empresa que venceu o pregão para o projeto-piloto de falcoaria orçou os trabalhos em R$ 199 mil ao ano, um custo de R$ 16,6 mil por mês. Em Guarulhos, a Infraero deverá analisar estudos sobre a eficácia da falcoaria. A empresa admite que não há restrições para o uso da técnica como parte do sistema de combate a acidentes.

LEI DESRESPEITADA

No Brasil, existem leis, que não são respeitadas, que dariam maior segurança às pistas de pouso e decolagem. Uma antiga resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 1995, recomenda a existência de Área de Segurança Aeroportuária (ASA), sem pontos atrativos de aves, num raio de 20 quilômetros para aeroportos que operam com as regras de voo por instrumentos e de 13 quilômetros para as demais pistas. Cabe às prefeituras das cidades onde estão instalados os aeródromos fiscalizar para não existir lixões e depósitos de resíduos domésticos, matadouros, rios e riachos com falta de saneamento básico e outros locais que são fatores de atração das aves perto de aeroportos.
"Com mais seriedade, os lixões e aterros seriam proibidos de ser instalados próximos dos aeroportos. O número de aves está aumentando porque elas têm o que comer nesses locais", critica o piloto Antonio Batschauer. Ele já foi vítima de colisão com aves por três vezes, duas no Rio e uma no Recife. "O impacto de um urubu no para-brisa chega a 8 toneladas. Para evitar que a ave bata no para-brisa, quando é possível, se faz uma manobra brusca. Isso assusta muita gente. E se o urubu entra pela turbina, um cheiro insuportável se espalha pelo avião", conta o piloto, que nunca passou por choque com pássaros em voos internacionais.
O ESTADO DE SÃO PAULO 11/07/2009

A coisa no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) é tão crítica, que poderíamos, com justiça, rebatizá-lo como "Aeroporto Internacional Alfred Hitchcock" e estaríamos mais coerentes tanto com a sua maior obra "Os Pássaros", como também pelo suspense e a sensação de que algo muito ruim não tarda a acontecer.
A iniciativa de criar e adestrar falcões na área aeroportuária, para "vigiar os intrusos" , poderia funcionar em localidades que apresentam um ou outro espécime desavisado do perigo. Mas do jeito que nossos aeródromos estão dominados por garças, quero-queros, seriemas, pombos e urubus, coitados dos falcões. Acabarão atropelados por aviões quando forem escurraçados por bandos de delinquentes aviários. Xô! Xô!
Veja artigo sobre o Galeão
Celso BigDog

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Seguros contra Humanos sem Recursos


Se 70% dos acidentes aeronáuticos são atribuídos a Fatores Humanos, é hora de incluí-los nas normas ATC, preservando um espaço para seus direitos, onde hoje só existem deveres.
O aeronauta, como qualquer profissional reconhecido, tem sua regulamentação. Lá se podem encontrar mecanismos de defesa de direitos regulamentares, folgas e jornadas, e, pautado nesse regulamento, empresas aéreas e companhias de seguros se baseiam tanto para garantir a qualidade dos serviços, como para poder analisar o risco e classificar coberturas de sinistros.
Basta dizer que, se um piloto comercial voar “regulamentado” perde o direito ao seguro que cobre os riscos de sua atividade. Já pensaram se o controle de tráfego aéreo tivesse esse mesmo tratamento? Quem sabe se as companhias de seguros e resseguros não se interessariam por essa causa? Somos fatores de risco? Porque não nos levam em conta em seus cálculos de periculosidade? Será que têm conhecimento que muitas vezes saímos de uma formatura sob um sol escaldante para assumirmos um interminável pernoite? Será que sabem que nossas folgas são preenchidas com atividades militares? Será que sabem que temos outro emprego para complementar nossa renda e não descansamos? Será que sabem que quando estamos doentes, não procuramos o serviço médico para não correr o risco de ficarmos no expediente perdendo esse segundo emprego ou a faculdade? Será que sabem que o maior comprometimento de um controlador recém formado é passar em outro concurso público que proporcione uma carreira promissora? Não entendo porque os controladores de tráfego aéreo não são analisados e arrolados nos cálculos para se definir apólice, prêmio ou franquia no transporte aéreo. Isso é seguro?
Celso BigDog

E para quem "NÃO" voa:


Cuidado!
Um pombo pode fazer um estrago muito maior do que simplesmente acertar sua cabeça. Não permita criadouros em telhados, eiras, beiras e forros. Além de derrubar aviões essas belas aves são hospedeiras de doenças graves. Se você não alimentá-las nas praças, haverá um controle natural de proliferação. Quanto mais fartura de alimentos, mais se reproduzem.
Pense nisso!
Celso BigDog

Para quem voa:

SP: choque de avião com pássaro fecha Congonhas por 4 minutos
Plantão | 10/07 às 09h24 O Globo, CBN

SÃO PAULO - Uma aeronave da empresa Gol, que decolava para Belo Horizonte, chocou-se com um pássaro quero-quero na manhã desta sexta-feira no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A pista ficou fechada por quatro minutos - das 7h50m às 7h54m. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, não houve problemas nas partes do avião e a aeronave seguiu normalmente para seu destino.
A Infraero informou que o aeroporto foi fechado para que técnicos procurassem pedaços da ave no local, prejudicando outras decolagens. Nada foi encontrado e a pista foi reaberta. Outros voos não foram prejudicados.
Congonhas registra pelo menos uma ocorrência desse tipo por mês. Dois anos atrás, o número era três vezes maior. Um programa de prevenção vem ajudando a diminuir os riscos.
Tenho sido combativo na questão do perigo aviário. Como um agente de segurança de voo vejo inércia na prevenção, permitindo que o entorno aeroportuário transforme-se em área de preservação de urubus, quero-queros, garças e pombos. Essa incompatibilidade de gêneros e interesses expõe a população a riscos desnecessários, pois um acidente dessa categoria atinge aos que voam e aos que não voam. E reforço minha preocupação, pois isso não é privilégio de aeródromos civis. Temos hoje pelo menos um aeródromo militar com um grande criadouro de pombos na área do apron, no telhado da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos local.

Para tirar um pouco o amargor da conversa, vou dividir com vocês algumas pérolas do ATC brasileiro.

Uma aeronave estrangeira em aproximação para pouso em uma determinada localidade recebe a seguinte informação:

- Gringo234, cleared to land, Wind 230 degrees 6 knots. For your information, flock of birds on final approach.

- Roger 234. Please, tell me what type of birds?

- Ehhh, ahhh, hummm, the birds… ahhh is ahhh “want-want”!

Não pensem que isso foi um caso isolado. Fazendo uso do nosso inglês nível 4, além de chamar Quero-quero de Want-want, já se tem notícia de “Black board” para definir urubus e “Long leg chicken” para definir nossas simpáticas Seriemas. Oh my God!
Celso BigDog

Veja artigo sobre o Galeão
Veja artigo sobre Perigo Aviário

VOO 447 - França quer saber: "Quem está com a mão amarela, Brasil ou Senegal?"


Autoridades da França vão ao Senegal discutir falha do controle de tráfego aéreo
Em entrevista na semana passada, o investigador-chefe francês, Alain Bouillard, disse que nunca houve transferência oficial do controle do voo 447. Mas ele ressaltou que isso não teve nenhuma relação com o acidente. A Força Aérea Brasileira garantiu que a transferência foi feita normalmente.

Aeronáutica rebate dados divulgados por escritório da França
O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica divulgou nota no início da noite em que rebate informações divulgadas nesta 5ª feira (2) pelo Escritório de Investigações e Análises sobre a Aviação Civil (BEA), da França, sobre as investigações do acidente com o voo AF 447. Com relação às informações divulgadas pelo órgão francês de que o controle aéreo do Senegal não foi informado sobre o plano de voo do Airbus A 330, o que deveria ter sido passado pelos controladores brasileiros, segundo o BEA, a Aeronáutica brasileira esclarece que o voo AF 447, "como a maioria dos voos regulares de aviões comerciais internacionais, utiliza um plano de voo denominado Plano de Voo Periódico". Isso porque o "desempenho, a rota e os horários das aeronaves são normalmente os mesmos".

Acredito que, mesmo que os gravadores de voo do A330 (VCR e FDR) chamados de caixa preta, sejam encontrados, jamais se tornarão públicos.
Enquanto isso o controlador de tráfego aéreo brasileiro, ameaçado por processos internacionais de responsabilização, e que já não sabe o que é certo ou errado, se apressa em conferir as palmas de suas próprias mãos.
Celso BigDog

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