quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Aviação Regional Brasileira e as falácias palacianas.



13/12/12 04:14
Fica muito difícil engolir a seco essas promessas inexequíveis, principalmente porque para cumpri-las, o atual governo precisaria entregar desde já, pelo menos, 33 aeroportos por mês durante os dois últimos anos que restam de seu mandato. Ou será que já está contando com a reeleição em 2014 e a volta do Mr. Lulla em 2018?
O que temos visto na história da aviação civil brasileira, é a penúria das Regionais desbravando novas rotas, desenvolvendo novos portos, e quando os tornam lucrativos são engolidas pelas grandes Linhas Aéreas.
Na década de 70, no início de minha carreira, soube de maneira não oficial de uma reunião das empresas aéreas, onde reinavam, Érick de Carvalho pela VARIG/Cruzeiro, o Governo do estado de São Paulo pela VASP e Omar Fontana pela recém criada TRANSBRASIL (Sadia). Entre os representantes das regionais VOTEC, VASPINHA, SADIA (Dart Herald e Bandeirante), e entre outras, uma tal de Regional Marília com seu dono Rolim Amaro. A reunião se encaminhava para absorção das linhas regionais pelas grandes, como se fosse um espólio. Num dado momento a VASP se pronunciou “– Nós ficaremos com a RM”. De um só golpe o comandante Rolim Amaro recolheu seus papeis, fechou sua pasta e dando um murro na mesa bradou: “- A Transbrasil e a VASP eu pago a vista. A VARIG eu preciso de 30 dias”. Levantou-se e foi embora.
Hoje essas manobras são feitas descaradamente pelo capitalismo selvagem, que compra a concorrente para fecha-la, ainda que de início traga um grande prejuízo. É como um leão, que mata a hiena, mas não come sua carne. Faz isso simplesmente para evitar a concorrência em sua área, ou ampliar seus domínios.
Se hoje não conseguimos sequer dar conta de 65 aeroportos, quer seja regulando, fiscalizando, provendo serviços e precisamos repassa-los a estrangeiros, que dirá 800... OITOCENTOS aeroportos. Ou seriam 800 pistas de pouso de terra batida? Ou talvez 800 rodoviárias.., mas e as estradas? Quem sabe 800 estações de trem... mas e os trilhos? Vamos contar a partir de hoje, quantos aeroportos regionais “novos” serão entregues até o fim deste mandato.
Depois perguntam, por que será que os investidores estrangeiros sumiram do País? Ah tenha a santa paciência... Conta outra.
Celso BigDog
Referência

3 comentários:

  1. Quando vejo ou ouço este tipo de "balela" me lembro dos famosos mentirosos de aeroportos, que contavam façanhas e mais façanhas nunca realizadas, mas imaginadas pelas suas mentes férteis. Quando isto vem de uma autoridade, mais ainda, da maior delas acarreta é preocupação: ou pela sua sanidade mental ou pela nossa.Pobre Brasil!!

    ResponderExcluir
  2. O que dizem os estrangeiros?
    IATA pide abordar con rigor la construcción de 800 aeropuertos en Brasil

    13/12/2012 EFE

    http://www.expansion.com/agencia/efe/2012/12/13/17894249.html

    Ginebra, 13 dic (EFECOM).- El consejero delegado de la Asociación Internacional del Transporte Aéreo (IATA), Tony Tyler, pidió hoy abordar con rigor y de manera adecuada el proyecto de construcción de 800 nuevos aeropuertos regionales en Brasil, anunciado el martes por la presidenta brasileña, Dilma Roussef.

    "¿800 aeropuertos parecen muchos, no?", se preguntó ante la prensa Tyler, quien advirtió de que el problema de construir muchos aeropuertos sin un planteamiento adecuado puede derivar "en encontrarse con infraestructuras vacías, como ha pasado en España".

    El consejero delegado de la IATA indicó que "ciertamente es necesario invertir en infraestructuras en un país", pero señaló que es demasiado pronto para pronunciarse por el proyecto del Gobierno brasileño "porque no conocemos el plan concreto de inversiones".

    "Hablando con carácter general, acogemos de manera positiva los proyectos de mejora de infraestructuras y de aeropuertos (...), pero es preciso un proceso adecuado de consultas", subrayó.

    Brasil estuvo presente en la intervención de Tyler con motivo del día de medios de comunicación en la IATA, con una alusión al proceso de privatización de aeropuertos, cuya adjudicación inicial de tres instalaciones "generó 14.000 millones de dólares de ingresos para el Gobierno, cinco veces más de la oferta mínima inicial".

    Tyler subrayó en su discurso el hecho de que "no todos los cargos están regulados por los aeropuertos" tras la privatización, lo que ha derivado, en su opinión, en que "claramente alguien vea en esto una gran oportunidad para conseguir un montón de dinero".

    "Ciertamente, el hecho de los inversores privados vean posibilidades de hacer un buen negocio, en el que se ofrece cinco veces más de lo que espera el Gobierno por la franquicia de los aeropuertos involucrados, es un elemento de preocupación", dijo.

    Tyler expresó su deseo de que el segundo tramo de privatizaciones anunciado por el Gobierno "se haga con más cuidado", de que haya "un mayor grado de regulación", de que se lleve a cabo "con mayor transparencia" y de que "los ingresos que se obtengan se reinviertan en la industria y que no salgan de la industria".

    "En concreto, queremos ver que se establecen contactos para consultar a las aerolíneas y que participen en las decisiones, para poder gastar mejor el dinero obtenido en estas operaciones", agregó.

    Tyler insistió en que "los aeropuertos deberían ser rentables", pero hizo hincapié en que "es importante que los gobiernos garanticen que las privatizaciones están bien reguladas".

    "A largo plazo, el aeropuerto es una pieza crítica en las infraestructuras de un país. Los ingresos fiscales que genera la actividad económica relacionada con la conectividad que propicia la aviación civil superan con mucho las ganancias a corto plazo de una privatización equivocada", dijo. EFECOM

    .......

    PAINEL Folha de São Paulo
    15/12/2012

    Vera Magalhães

    Multiplicação - O anúncio, feito por Dilma Rousseff, de 800 novos aeroportos regionais no país se transformou numa saia justa para a Infraero e para a Secretaria de Aviação Civil. O número está errado, mas ninguém quer corrigir a presidente.

    Modesto - O estudo, ainda em fase de conclusão na SAC, prevê a construção de 200 novos aeroportos de menor capacidade, o que, por si só, já representa mais que o dobro do número de aeroportos desse tipo existentes hoje.

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário. Obrigado!