domingo, 26 de agosto de 2012

O SISCEAB veste Farda!

Publicado em 21/05/11 18:47

Para entrar no assunto, visando auxiliar o entendimento dos leitores "simpatizantes do mundo aeronáutico" incluo aqui algumas Instruções do Comando da Aeronáutica para a atividade de Controle do Espaço Aéreo.
ICA 100-12 REGRAS DO AR E SERVIÇOS DE TRÁFEGO AÉREO
2 DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS 
2.1 DEFINIÇÕES 
- AERÓDROMO CONTROLADO
Aeródromo no qual se presta serviço de controle de tráfego aéreo para o tráfego de
aeródromo. 
- ÁREA DE MOVIMENTO
Parte do aeródromo destinada ao pouso, decolagem e táxi de aeronaves e está integrada
pela área de manobras e os pátios.
O Brasil mantém um modelo retrô na aviação civil brasileira quando trata do assunto Controle do Espaço Aéreo.
Uma vez que o “aeródromo”, ou seja, as pistas de pouso e taxi, os pátios e as vagas de estacionamento de aeronaves, em pontes (finger) ou remotas, determinam o início e o fim de uma etapa de um voo bem sucedido, então por que a Área de Movimento não fica inteiramente aos cuidados do DECEA? Deixar que esses extremos fiquem nas mãos de profissionais operacionalmente leigos não me parece produtivo nem tampouco seguro. Ao absorver claramente essa “Faixa de Gaza Aeronáutica” o DECEA (quer seja ele militar ou futuramente civil) poderia deliberar as mudanças que se tornassem necessárias para a agilidade da integração operacional de que tanto reclama (1). Quando digo “ficar aos cuidados” refiro-me à responsabilidade não só operacional como de manutenção, modificação, ampliação, groovinização e no trato com os órgãos governamentais para se fazerem valer as regras de construção no entorno aeroportuário e garantir definitivamente a integridade das ZPA - Zonas de Proteção de Aeródromo.
A ANAC cuidaria dedicadamente da Regulação e Fiscalização do cumprimento das Normas da Aviação Civil e no seu trato com o passageiro. INFRAERO cuidaria dedicadamente do recebimento, estacionamento de veículos, acomodações, despachos de passageiros e cargas, catering,  reabastecimento de aeronaves, shopping, alimentação e serviços. Os Governos Federal, Estadual e Municipal cuidariam dedicadamente dos acessos, da segurança e dos meios de transporte de usuários e funcionários. Por fim o DECEA cuidaria dedicada e adequadamente da parte dinâmica da coisa. Definiria através do CGNA a relação Demanda X Capacidade e o responsabilizaria pelos atrasos e o alto consumo de combustível nas aerovias brasileiras, fazendo voar com economia, rapidez e segurança. Quando algo sair errado ficaria fácil identificar de quem cobrar uma explicação e a quem responsabilizar, se assim for estabelecido. Esse negócio de todos os staffs gerenciais ficarem assoprando a peninha para não deixa-la cair em seu terreno já deu nos nervos da população. Não há outra explicação.
Ainda que  a moda atual corra ousadamente no rumo das transformações radicais, a Aeronáutica caminha a minúsculos passos, como os de uma gueixa paramentada, quando o assunto é administrativo ou cultural.
A colagem ilustrativa acima mostra que pelo menos alguma mudança já começou a dar as caras. As mulheres invadiram o grupo militar ATC. O único fator dissonante é que o SISCEAB ainda veste farda.
Celso BigDog

(1) Portaria Nº 256 do Comando da Aeronáutica: Portaria

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