domingo, 23 de agosto de 2009

Vamos falar de outro tipo de SEGURANÇA no ATC.


A tecnologia que faz transitar a informação do ATC muda a essência dos grandes sistemas corporativos, desenvolvidos com ferramentas de alta complexidade, e busca a amigabilidade nas entranhas do Windows e Linux. Esse revés, ao mesmo tempo em que aproxima o entendimento entre analista e usuário, aumenta a acessibilidade de forma generalizada e abre brechas que podem facilitar operações ilegais, atos de vandalismos ou mau uso da informação aeronáutica. Por certo que há um ganho na utilização dessas plataformas, digamos “comuns”, porém cabe aos gestores a tarefa de criar barreiras para filtrar e normatizar a interação do usuário com as estações de trabalho, com os servidores e com os bancos de dados.
Está comprovado que os meios usados para a extração de dados pode contaminar toda a cadeia funcional, “bypassando” a proteção do firewall e expondo a operacionalidade do controle de tráfego aéreo ao colapso.

Atech e Saipher-ATC migraram recentemente para a plataforma Windows. A Atech e seu novo sistema de visualização RADAR Sagitário, apresentado como substituto do X-4000, já tem essa característica e se propõe a rodar tanto em Windows como em Linux. Seus dados circulam em ambientes restritos, de pouca procura e consequentemente pouca exposição às contaminações. Já a Saipher-ATC ao lançar seu novo e versátil sistema de gerenciamento de torre de controle, o TATIC, usando o ambiente Windows, não tem a mesma tranquilidade. A imensa gama de registros, gerada por “clicks, enter e touch screen”, são criadas de forma invisível durante a ação do controlador e dessas ações nada se perde. Integração com o sistema de visualização RADAR, estatística, tarifação, gráficos, programação operacional, programação sazonal, entre outras cobiçadas informações, nos remetem à seguinte pergunta: “Como atender a todos?” Seria a rede Intraer segura para permitir o escoamento de todas essas solicitações? Por certo que não!
Essa agilidade em gerar dados atrai, de todos os segmentos aeroportuários, uma enxurrada de solicitações para acesso aos registros. Costumo dizer que do TATIC se aproveita tudo, assim como da cana se aproveita até o bagaço. Parece que somente a criação de um banco de dados, com blocos de informações padronizadas para download, numa comunicação de mão única, seria viável para conter essa ameaça.

Lembre-se: um pen drive contaminado instala seus executáveis numa estação, no momento em que a máquina reconhece sua presença. Antes de realizar uma dessas operações, consulte o suporte técnico.

Celso BigDog

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