domingo, 23 de agosto de 2009

Caôs aéreos.

Virou moda. Todo feriadão, Carnaval, Semana Santa e todo o final de ano é a mesma ladainha. O fantasma do caos aéreo volta a rondar. A ANAC, a Infraero, o Sindicato dos Aeroviários, dos Aeronautas e das empresas aéreas, o DECEA, o Ministro da Defesa, o Presidente, o Papa, Ana Maria Braga, Brito júnior, Leão Lobo, todos se acotovelam para dar sua versão da coisa. E o povo não se dá conta de que todas essas informações não passam de “caôs aéreos”. Ninguém garante nada de verdade. Não há como garantir, pois ninguém controla as condições climáticas, ninguém agenda falhas técnicas evitando feriadões, ninguém escolhe o dia para causar ou contribuir com um acidente aéreo, ninguém!
Agora, uma situação caótica que vem se anunciando dia-a-dia, que nem o tal trem bala, o leilão de slots ou recontratação de controladores recauchutados dará jeito, já está sendo armada pelas empresas aéreas. Assim diz a mídia:

A TAM informou que “acredita que o mercado brasileiro de aviação comercial tem potencial para dobrar de tamanho até 2014. Durante os 45 dias da Copa do Mundo, o tráfego aéreo deve antecipar o volume de 2020. São fundamentais, portanto, investimentos na infraestrutura aeroportuária”.
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Os planos da novata Azul Linhas Aéreas é de investir US$ 2 bilhões até a Copa, se não houver grandes alterações no mercado. A empresa opera hoje com 12 aeronaves, seis do modelo 190, com capacidade para 106 pessoas, e seis 195, para 118 pessoas. Até 2014, a companhia pretende ter 60 aeronaves modelos Embraer 190 e Embraer 195.
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A Trip Linhas Aéreas pretende chegar ao fim de 2014 com 60 aeronaves, mais do que o dobro do volume atual. Para isso, a companhia aérea planeja investir cerca de US$ 1 bilhão e chegar a mais de 110 cidades atendidas nos próximos cinco anos.
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A Webjet tem hoje 16 aeronaves Boeing 737-300, com capacidade para 136 passageiros, sendo que mais duas aeronaves estão com compra acertada e outras três estão sendo negociadas até o fim do ano. Se não houver nenhuma reviravolta no mercado aéreo, a empresa quer chegar até o dezembro de 2010 com 25 aeronaves.
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Nessa reportagem a Gol não se pronunciou, mas a tendência de investimentos é a mesma, até porque a empresa luta para atingir o primeiro lugar no ranking brasileiro. E a capacidade de controle do SISCEAB? Ou seria capacidade de gerenciamento? Ou seria tudo feito automaticamente, dependentemente, vigilantemente? Será que nessa história ninguém mente?

Dentro de minha insignificante formação técnica, salta-me aos olhos algo que parece ser uma imensa imprudência. Promover mudanças tão profundas, envolvendo conceitos, equipamentos, sistemas e recursos humanos nesse momento, às vésperas da Copa do Mundo e do crescimento natural do volume de transporte aéreo, isso realmente me dá medo. Espero estar errado e isso não é caô!

Celso BigDog

Um comentário:

  1. Cruzar os dedos, fazer reza brava, o que mais mesmo? Esperamos que dê tudo certo. Estaremos preparados sempre e quando nos forem dadas as ferramentas para tal. Abraço!

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