sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Síndrome da Última Milha.


Calma! Principalmente se você for um estudioso da mente humana. O título que ouso empregar neste artigo pode ter outro nome científico que o defina, mas para mim o que importa é que esse sentido seja de conhecimento dos supervisores e gerentes de equipes, principalmente em se tratando de controle de tráfego aéreo.
Já repararam que muitos acidentes automobilísticos acontecem quando as pessoas estão chegando em casa? Que muitas vezes inocentemente erramos as últimas questões de uma prova? Que muitos problemas de coordenação ATC acontecem próximos ao horário da passagem do serviço? Que muitos acidentes aéreos ocorrem nas “últimas milhas”?
Pois bem. A esse fenômeno que, pela ansiedade de ver uma tarefa cumprida ou um objetivo alcançado, infecta a percepção humana e debilita o nível de consciência situacional das pessoas, dou o nome de “Síndrome da Última Milha”.
Procurei na literatura cibernética pelo assunto e pelo título, mas não encontrei. Que isso existe, existe, mas não podemos deixar que seja somente objeto de estudos. Certamente isso já deve estar sendo tratado por pesquisadores e cientistas, mas suas características devem ser levadas imediatamente ao meio ATC/ATM como prevenção. Precisamos divulgá-la e difundir atenção entre o grupo de controladores, e, tratar com relevância do assunto quando investido da função de investigador de acidentes.

Se o leitor tiver esse conhecimento técnico e puder comentá-lo, a comunidade ATC agradece.

Celso BigDog

Um comentário:

  1. Muito interessante e pertinente esse assunto. Na aviação isso é muito comum, mas pouco discutido. Depois de uma programação de quatro dias longe de casa você quer mais é chegar. E quanto mais próximo de casa você está, tanto menor é sua sua consciência situacional, sua cosciência no presente. Isso tem muito histórico em estudos de CFIT. Parabéns. Que tal incluir esse assunto para discussão? Eu ajudo nos comentários, pois tenho muito a falar sobre isso, principalmente porque ainda estou vivo. To gostando muito desse espaço.

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