terça-feira, 5 de maio de 2009

Ouça! (Ponto de Vista)


Gostaria de deixar bem claro a minha posição em relação à administração do SISCEAB. Nunca tirei os méritos da Aeronáutica quanto ao desenvolvimento do ATC brasileiro. Por vezes critico a maneira como algumas situações são encaradas e “resolvidas”, pois demonstram amadorismo e miopia. Não é culpa do atual Diretor Geral do DECEA. Apesar de não assumir essa postura, tenho certeza de que, lá no íntimo ele também se sente vítima desse processo equivocado de evolução, que não é privilégio da administração pública. A única diferença é que, se estivéssemos dentro da iniciativa privada, sem o socorro dos cofres da União, fatalmente já teríamos, há muito tempo, chegado à falência. Podemos constatar que esse ponto de vista procede quando vemos o brigadeiro Ramon falar sobre seus anseios para o futuro, “- Não um futuro imponderável, inescrutável, que traz surpresas por não ter sido antevisto ou planejado, e sim o futuro desejado,...”
Concordo plenamente com o pensamento dele referente à unidade no enfrentamento da situação para poder atender ao crescimento da demanda do tráfego aéreo, aliás, assustador, se levarmos em consideração a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Mas para isso, é preciso ouvir aquele que está no front, na ponta da linha, com um microfone nas mãos, representando o produto final de todo esse mega-sistema que insiste em renegá-lo.
Aproveito um pensamento de Sam Walton, fundador da Rede Wal-Mart, que disse temer aquele que nunca reclama, pois dele não se tem preferência, comprometimento ou consideração. Sinto por aqueles que em sua característica, externam seus pensamentos, que muitas vezes podem estar certos, e são colocados de lado. É preciso ouvi-los logo, antes que o desespero os leve a gritar, e a intolerância do regulamento militar os coloque porta afora!

Celso BigDog

Comentário referente ao Editorial Revista AeroEspaço Nº 35, de 05/01/09.

2 comentários:

  1. Celso, deculpe a redundância. Postei também no "Aviões caem! Controladores também! Por favor, veja a pertinência de deixar os dois ou excluir um deles. Obrigado.

    Segue abaixo.

    Caro Celso, permita-me explicar a situação posta em FATO versus REALIDADE.

    A intenção primeira foi situar o leitor e demonstrar a diferença entre o que ocorre diuturnamente nos órgãos sistêmicos (para mim - FATO, inalterável). Quanto a REALIDADE, melhor sorte eu teria se tivesse grafado com aspas simples.

    Pois, penso que a 'REALIDADE' é ficcional. Criada, trabalhada com palavras bem posicionadas e que seduzem os que leem. Chegam a convencer alguns.

    Concordo que temos um sistema gigantesco e multidisciplinar. Concordo que sob a ótica da gestão militar, com recursos públicos pingando para alguns setores e a míngua para outros, é realmente difícil gerir. Ficar com o pires na mão.

    Mas discordo da observação do Editorial da AeroEspaço:

    "O primeiro se refere ao desempenho do órgão central e de todas as suas organizações subordinadas durante o ano de 2008. O sucesso alcançado nas mudanças conceituais, a quebra de paradigmas estabelecidos por longo tempo, a melhoria no desempenho administrativo, técnico e operacional de todos os órgãos e a eficiência alcançada pelo Sistema como um todo foram fruto do trabalho incansável e incessante dos homens e mulheres que compõem nossas organizações. Por isso, além dos cumprimentos, quero apresentar os meus agradecimentos por tudo que realizaram, permitindo que atingíssemos os objetivos estabelecidos para o período."

    1) Do desempenho do órgão central é elogio em causa própria;

    2)Bem "...e de todas as suas organizações subordinadas durante o ano de 2008."

    Eu não entendi. Explicação vem a seguir;

    3)"O sucesso alcançado nas mudanças conceituais, a quebra de paradigmas estabelecidos por longo tempo, a melhoria no desempenho administrativo, técnico e operacional de todos os órgãos e a eficiência alcançada pelo Sistema como um todo foram fruto do trabalho incansável e incessante dos homens e mulheres que compõem nossas organizações."

    De qual sucesso estamos falando?

    Quais mudanças conceituais?

    Quebra de quais paradigmas? Daqui só abstraio a faxina que está sendo feita sob a égide do 'Do it as I Said or get out'.

    Bem, das supostas 'MELHORIAS'...sem comentários. Que os dados venham a tona. E desmintam os 'FATOS' cotidianos.

    Sei que por vezes é um discurso pesado e repetitivo. Sei que dá a impressão que as pedras arremessadas não irão construir paredes sólidas.

    Mas digo a você Celso e a todos os leitores deste espaço maravilhoso. A Cultura de Segurança que estava em curso em órgãos como: ACC-BS, APP-RJ e APP-SP, foi fruto de conversas, acertos via TF entre supervisores, em cursos, que criaram uma relação mais humana. Apresentando-se e conversando no início de cada turno, nos churrascos no ICEA, no Kart Center. Trocando uma idéia, ouvindo os colegas como um todo.

    Discutindo os casos mais polêmicos do dia, da semana, do mês. E, daí pra frente surgiram trajetórias, procedimentos, checklists, Jornadas de Tráfego Aéreo. Falando sobre pontos obscuros da legislação interna.

    Mas como eu disse foi. Não é mais.

    Digo isto com firmeza pétrea. Pois auxiliei na consolidação de uma mentalidade em prol da SEGURANÇA. Da responsabilidade na condução das atividades por parte de todos integrantes da equipe. Fosse supervisor, fosse 'mais antigo' ou fosse 'mais experiente'.

    A visão é clareada ao longo do tempo. Sem uso de colírios sistêmicos. Saber, buscar saber, discutir o saber, e, o principal, de modo ordeiro, encaminhar os pleitos a quem compete, para uma melhoria generalizada. Uma melhoria que vise a SEGURANÇA dos usuários (razão da nossa existência) e facilitadores para a condução dos trabalhos internos do órgão.

    Disse certa feita – A SOLUÇÃO É SIMPLES. Ela está em nós. Todos nós. Alguns só enxergam revanche. Alguns só querem trocar as peças e lustrar o tabuleiro. Mas poucos querem sugestões para jogadas geniais.

    Sei que se silenciarmos, em blogs, fóruns, e-mail e nas capacidades coletivas, depositadas nas parcas esperanças das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo, teremos o caos. O verdadeiro CAOS.

    Sabemos que o verdadeiro SABER está com quem produz e finaliza os trabalhos na seara ATS. E não com alguns, que insertos em uma estrutura que privilegia a acomodação, não enfrenta questionamentos. Afinal, os Filhos de Ícaro, podem tudo intramuros. Dentro sentem-se DEUSES.

    Mas percebo à medida que o tempo passa, que são incapazes de reconhecer que estão a conduzir SUAS CORREÇÕES, MELHORIAS, APRIMORAMENTOS, graças a tudo que veio à tona.

    Agora imagine – viaje comigo. Estamos em 2014. Os acidentes que vitimaram 353 pessoas (só pra falar dos maiores) não ocorreram até agora. Estamos trabalhando e... acontece algo. Não sabemos ao certo o que foi. Quem está envolvido. Quantos estavam a bordo. Quem eram os colegas envolvidos. Como foi. Enfim, algo triste ocorreu. É de um porte nunca visto. Alertas não chegaram a tempo. Não soubemos trabalhar os indicadores. Ficamos acomodados.

    Aqui entra a ‘REALIDADE’ (sinto-me na obrigação de lembrar de uma obra cinematográfica. MATRIX – ‘Pílula azul ou vermelha’). A REALIDADE que é criada para PROTEGER. Mas proteger quem? De que?
    Voltando ao cenário futurista injetável - Estamos em meio ao CAOS e a consternação. Não há Associações. Não há Federação. Não há Confederação. (salvo a CBF, afinal é ano de Copa do Mundo. E, é no BRASILSILLLLL !!!!).

    A ‘REALIDADE’ é montada por uma bela reengenharia da Análise do Discurso. A sociedade engole. Não há a escolha de MATRIX (VERMELHO ou AZUL).

    Pois bem, voltamos aos dias atuais. Estamos em 2009. Pós-AUDITORIA da ICAO. Quem irá contrapor os resultados desta auditoria? Quem irá cruzar as informações da auditoria do ano de 2000 com a atual? Quem irá escavar os mundos ocultos das SIPACEAs? Quem irá desclassificar documentos que tratam de segurança de vôo? Tirando-lhes o rótulo de ‘reservado’ ou ‘confidencial’? Quem irá tornar público o conteúdo bibliográfico que realmente interessa?

    Parece enfadonha a repetição. Mas digo-vos o SISTEMA foi avisado com uma antecedência brutal (Pré-GLO1907) da degradação crescente do nível operacional do referido órgão e de outros periféricos. E NADA FIZERAM. FATO.

    Hoje, penso que se não querem ouvir, ver e sentir os sinais latentes. SINTO MUITO SOCIEDADE BRASILEIRA. A espiral iniciada em junho de 2007 não tem volta. Só leva a um lugar. A desconstrução do pouco que foi plantado.

    Leitores, leitoras, Controladores e Controladoras, Dinossauros e NGR (New Generation Reloaded) todos da modalidade NÃO-OMISSA. Digo-vos:

    “O SILÊNCIO leva ao CAOS”.

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  2. Caros brasileiros usuários do transporte aéreo, controladores de tráfego aéreo NÃO-OMISSOS, o que descreverei a seguir é vergonhoso, nojento, absurdo e acarreta INSEGURANÇA ao sistema como um todo.

    Falaremos de algo que está ocorrendo a medida que digitamos estas linhas. É praticamente em tempo real. Feito de modo atabalhoado e inconsequente. Uma palhaçada em forma de pretensa preparação.

    Um pequeno histórico:

    O texto abaixo foi extraído da intranet do COMAER (INTRAER). Para ser mais exato em www.decea.intraer em 23/06/08. Adicionado ao presente foi posicionado na forma de um ‘pop-up calendário’, com a contagem regressiva para o evento auditoria ICAO 2009.

    “Auditoria da OACI

    A sua unidade já está preparada?

    A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) - órgão filiado à Organização das Nações Unidas (ONU) - realizará, DE 4 A 15 DE MAIO DE 2009, uma auditoria de essencial importância para todo o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro e, em especial, para o DECEA.

    Essa inspeção - chamada “Programa Universal de Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional” ou, simplesmente, USOAP (Universal Safety Oversight Audit Programme) – é realizada regularmente pelos auditores da OACI em todos os Estados contratantes. De caráter obrigatório, seus resultados, dada a credibilidade da instituição, costumam ser avalizados por toda a comunidade da aviação civil internacional - e imprensa -, gerando demandas e conseqüências, muitas vezes, de grande repercussão.

    É considerável que todas as unidades, sub-departamentos, e organizações militares atuantes no SISCEAB estejam cientes da realização desse programa, de modo a tomar os devidos procedimentos de ajuste aos padrões exigidos pelo órgão da ONU.

    O USOAP

    O Programa Universal de Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional (USOAP) tem o objetivo de promover a melhoria da segurança global da aviação civil, através da realização de auditorias nos países contratantes, a fim de verificar as suas capacidades em realizar a vigilância da segurança operacional. Realizado regularmente, o USOAP avalia o nível de implementação dos elementos críticos de um sistema de vigilância da segurança operacional, bem como o estágio dos Estados na implementação dos padrões e práticas recomendadas (SARP’s), procedimentos associados, material técnico (regulamentações) e práticas de segurança operacional.

    Em 2000, o Brasil foi submetido a uma auditoria relativa a apenas 3 Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional, quando se constataram índices satisfatórios acima da média mundial. Entretanto, com a Resolução A35-6, adotada na 35ª Assembléia da OACI de 2004, o USOAP adquiriu um enfoque sistêmico e global aplicável às disposições correlatas contidas nos demais Anexos à Convenção de Chicago.

    Assim, a OACI vem executando uma auditoria extremamente mais exigente - ao envolver, agora, 16 dos 18 Anexos - e transparente - ao tornar públicos os relatórios finais de cada país auditado pelo Programa. Esta será a primeira vez que o Brasil será submetido aos 16 Anexos do programa.

    Considerando que o Brasil consta, uma vez mais, da agenda desse programa, o Vice-Diretor do DECEA, no uso de suas atribuições regulamentares, julgou por bem baixar a Portaria DECEA No 63/VICEA, EM 15 DE DEZEMBRO DE 2006, com a qual aprovou a constituição de um Grupo de Trabalho (GT), cuja finalidade é coordenar a preparação para essa Auditoria da OACI. Assim, o citado documento concedeu ao GT USOAP, como ficou conhecido, um prazo de quinze meses para o cumprimento de seus trabalhos.

    Sob a coordenação da Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (CERNAI) e com a participação de técnicos dos diversos órgãos que compõem o DECEA e de assessores especialmente convidados, o Grupo tem atuado segundo um cronograma de eventos que compreende, dentre outros, auditorias internas e análises críticas das não-conformidades levantadas, com vistas à elaboração dos correspondentes planos de ação, os quais, em seu conjunto, conformam o presente trabalho, adaptado do Manual da OACI sobre Auditoria da Vigilância da Segurança Operacional (Doc 9735/2006).”

    Até o dia 06 DE MAIO DE 2009, figurava em outro endereço da intraer, www.cindacta1.intraer – link ‘CMDO’/ ‘SIPACEA’/’Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do CINDACTA I de 2006’.

    Para você desconhecedor do sistema, explico. PPAA – Planos de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos seguem uma diretriz básica emanada pelo DECEA e cada ente ligado a atividade aérea (civil ou militar) monta o seu.

    Como explicar, que depois do segundo maior acidente aéreo do país, GOL 1907 e, considerando o já ocorrido com o TAM 3054, a CULTURA de SEGURANÇA apregoada e tão defendida pelos pretensos GESTORES PÚBLICOS FEDERAIS (Oficiais do COMAER), tenha sido relegada a NÃO-ATUALIZAÇÃO do referido documento, em uma página de intranet? Como imaginar que o público interno, em sua maioria, Controladores de Tráfego Aéreo do CINDACTA I, foi privado das lições e aprendizados, apresentados e sumarizados no PPAA?

    O PPAA 3-1, do CINDACTA I 2006/2007, note-se que o grau de sigilo era “RESERVADO”. Em seu item 1.5 delimita seu período de vida:

    “ESTE PROGRAMA DE PREVENÇÃO TEM VIGÊNCIA DE 31 DE JULHO DE 2006 A 30 DE JULHO DE 2007, substituindo a edição anterior, ainda podendo ser complementado sempre que as circunstâncias revelarem tendências ainda não estabelecidas e que requeiram ações complementares para a manutenção e o aperfeiçoamento da segurança do controle do espaço aéreo.”

    Somos levados a pensar que no ritmo que estamos indo, impelidos pela pressão da AUDITORIA da ICAO, vigendo desde o dia 04, estendendo-se até o dia 15 de maio de 2009. Há uma previsão de início para a auditoria no CINDACTA I no dia 11/05/09.

    HOJE, dia 07 DE MAIO DE 2009, figurava na intraer, www.cindacta1.intraer – link ‘CMDO’/ ‘SIPACEA’/’Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do CINDACTA I de 2008’.

    O PPAA 3-1, do CINDACTA I 2008/2009, o grau de sigilo passou a “OSTENSIVO”. Em seu item 1.5 delimita seu período de vida:

    “ESTE PROGRAMA DE PREVENÇÃO TEM VIGÊNCIA DE 31 DE JULHO DE 2008 A 30 DE JULHO DE 2009, substituindo a edição anterior, ainda podendo ser complementado sempre que as circunstâncias revelarem tendências ainda não estabelecidas e que requeiram ações complementares para a manutenção e o aperfeiçoamento da segurança do controle do espaço aéreo.”

    A todos vocês inocentes e idiotas que não vêem o que há dentro dessa caixa preta chamada SISTEMA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO, aí vão mais algumas dicas do ESTELIONATO ADMINISTRATIVO:

    1) Vários acertos sendo feitos às pressas. Acordos, revisões, documentação publicizada ao público interno;

    2) Reuniões com efetivo do CINDACTA I para ENSAIAR como será feito o ‘teatro’ para os membros da Comissão Auditora da ICAO;

    3) Lançamento de inúmeros documentos no ano 2009 para compor o imenso arcabouço legislativo aeronáutico. Vide http://www.aisweb.aer.mil.br/aisweb;

    4) A vedete do momento é a “GESTÃO DA QUALIDADE” (DCA, ICA, MCA -800-1) e assim sendo, vejam a pérola:


    Extraímos da ICA 800-1, GESTÃO DA QUALIDADE NO SISCEAB:


    “6.4 PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS

    6.4.1 CONTROLE DE PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DO SERVIÇO

    6.4.1.4 Considerando-se que serviços bem prestados são os efeitos planejados e desejados dos processos operacionais, QUAISQUER INDICAÇÕES CONTRÁRIAS (não-conformidades de processo, de serviços, reclamações de clientes, etc.) DEVEM GERAR MELHORIAS NOS PROCESSOS, COM O OBJETIVO DE ELIMINAR A CAUSA DOS PROBLEMAS IDENTIFICADOS. Isto pode demonstrar, por exemplo, a necessidade de uma instrução de serviço documentada em um caso em que inicialmente tenha sido considerado como desnecessária, a necessidade de monitoramento adicional do processo, a alteração dos parâmetros do processo ou uma alteração nas atividades de manutenção. Reforça-se então que a análise e o controle dos processos devem ser os balizadores para a eficácia de um Sistema documentado e não de um Sistema de documentos.”


    E daí, vem o JEITINHO. Chame como quiser. Eu chamo de PERIGOSA TOLERÂNCIA. INCAPACIDADE DE AUTOCORREÇÃO. INDISPONIBILIDADE DE MEIOS.
    Enfim...leia você mesmo.


    “7.6 TRATAMENTO E CONTROLE DE SERVIÇO NÃO-CONFORME

    7.6.1 O tratamento do serviço não-conforme tem por objetivo impedir que este seja inadvertidamente fornecido ao aeronavegante.

    7.6.2 Desta forma, devem ser estabelecidas as responsabilidades, autoridades e a metodologia associada, incluindo atividades para:

    a) identificar o serviço;
    b) documentar o tratamento;
    c) segregar o serviço;
    d) analisar a não-conformidade e identificar suas causas; e
    e) decidir o destino a dar ao serviço não-conforme.

    7.6.3 As metodologias de controle de serviço não-conforme devem estar formalizadas em um procedimento documentado.

    7.6.4 QUANDO FOR NECESSÁRIA A ACEITAÇÃO E A LIBERAÇÃO DE UM SERVIÇO NÃO-CONFORME, TAL DECISÃO CABERÁ À AUTORIDADE COMPETENTE. Neste caso devem ser mantidos os registros das decisões, identificando o respectivo responsável.”


    OBS: Fica o alerta na maquiagem que foi feita entre o PPAA 2006/2007 e o PPAA 2008/2009 - CINDACTA I. No primeiro (GRAU DE SIGILO ' RESERVADO') tinhamos os salutares dados dos FATORES CONTRIBUINTES, em gráficos e dados tabulados para estudos e análises.

    Já no último, disfarçado de 'TRANSPARENTE' e disponibilizado com o GRAU DE SIGILO 'OSTENSIVO'...só texto explicativo e conceitual.

    Ficando, por derradeiro, com dois dos Príncipios da Filosofia SIPAER:

    6) Os Diretores são Os Principais Responsáveis Pelas Medidas de Segurança.

    Todos somos responsáveis pela prevenção de acidentes porem, e inerente à alta administração a responsabilidade da preservação dos recursos técnicos e operacionais da empresa, uma vez que o poder decisório emana de quem tem a capacidade de prover os recursos necessários para o desenvolvimento da atividade.

    Dessa forma, presume-se que nenhuma ação ou programa de prevenção de acidentes logrará êxito se não for suportado pela ação administrativa da tomada de decisão em prol da segurança. Por isso, as atividades de prevenção de acidentes proporcionam uma maior eficiência à ação de cada setor e a empresa de modo geral.

    7) Em Prevenção de Acidentes não há Segredo e nem Bandeira.

    As experiências e os ensinamentos obtidos através do desenvolvimento da prevenção de acidentes em qualquer parte do mundo estão disponíveis para quem deles necessitar uma vez que qualquer risco gerado na aviação tem características globais e suas conseqüências também podem se manifestar de forma global.

    Dessa forma, as experiências somadas podem ser aproveitadas de acordo com a realidade de cada operador, bastando para isso que a própria experiência seja considerada na sua aplicação.
    A troca de informações visa o bem comum e, por isso, não devem ser criados obstáculos ao seu desenvolvimento. É preciso considerar que o erro de um é sempre ensinamento para muitos.


    Com a palavra, sempre obedecendo a ‘HIERARQUIA’ e a ‘DISCIPLINA’:


    Antonio Marcio Ferreira CRESPO – Maj Av, Chefe da SIPACEA 1, CINDACTA 1;


    RAFAEL RODRIGUES FILHO – Brig Ar, Comandante do CINDACTA 1;


    RAMON BORGES CARDOSO – Ten Brig Ar, Diretor-Geral do DECEA.


    Nação Brasileira, VERGONHA e NOJO cobrem meu ser.

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