quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A HORA E A VEZ DA AVIAÇÃO GERAL

Cansada de aguardar ações do governo, a segunda maior frota de aeronaves executivas do mundo arregaça as mangas e procura suas próprias soluções.
Espremida pelas aéreas na luta por um espaço no sítio aeroportuário, a Aviação Geral cria suas próprias opções operacionais e logísticas, numa administração especializada de causar inveja ao amadorismo administrativo dos grandes aeroportos brasileiros, quer seja da INFRAERO, DAESP ou sob Concessão.
O que pensaria de um aeroporto internacional que não tem acesso por terra? O Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, não tem. A empreiteira contratada pelo governo estadual desistiu da obra! 
A força que a categoria executiva representa na economia do país é proporcionalmente muito maior do que o transporte de passageiros das empresas comerciais, regionais ou domésticas. Para efeitos de tráfego aéreo, por exemplo, exceto por questões de performance e esteira de turbulência, para o controlador tanto faz que seja um A380 ou um LR35, o serviço prestado recebe a mesma atenção e critérios de segurança, mas com uma grande diferença: "Muitas vezes o único passageiro dessa aeronave de pequeno porte se traduz em milhares de empregos e negociações, ou seja, a força motriz do desenvolvimento do país. Infelizmente, tenho que concordar que os vultosos negócios do ilícito também usam desse meio de transporte, mas isso é apenas um caso de polícia e justiça, que no Brasil permeia não só no espaço aéreo, como também em rodovias e ferrovias e navegação marítma e fluvial. Chega a ser tão ousada que vergonhosamente abusa de sua autoridade política para usurpar até mesmo da frota de nossa desgastada Força Aérea.
Enquanto isso, nos aeródromos/aeroportos coordenados pelo Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, a porcentagem de slots executivos fica cada vez menor. O aeroporto de Congonhas cresce na sua vocação exclusiva de “Ponte Aérea”. A força política insiste na desativação do Campo de Marte. O TAV – Trem de Alta Velocidade ficou só na promessa para desafogar o movimento aéreo entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Não podemos demonizar a aviação geral/executiva no movimento aéreo do país. O problema não está atrás do manche. Está atrás de uma escrivaninha.

Se conhecem bem as estórias de aeroportos devem se lembrar daquela famosa:
TWR: VASP 234 (A300) tem condições de ultrapassar o King Air para decolar como número um?
VASP: Afirmativo! Vou desviar do aviãozinho aqui.
King Air: AVIÃOZINHO, MAS É MEU! NÃO SOU EMPREGADO DE NINGUÉM!

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Celso BigDog

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