Um assunto que tem sido noticiado pela mídia sensacionalista é o sono dos controladores de tráfego aéreo. Acho um bom tema para ser explorado, principalmente porque pode se traduzir em um acidente aeronáutico, mas a maneira como é levado a público, incompleta e inverídica, expõe a classe ao ridículo, como se fosse mera irresponsabilidade dos envolvidos. Nenhum dos fatores, ou estudos sobre o assunto é mencionado, para dar clareza à informação e formar opiniões sobre os verdadeiros causadores do fato.
Desde a década de 90, pesquisadores do COPPE/UFRJ, USP, UNIFESP e outras tantas instituições de pesquisa em fatores humanos entraram nos ambientes ATC. Trabalhos fantásticos foram gerados, mas por infelicidade, principalmente do cidadão brasileiro, não produziram eco e suas recomendações permanecem até hoje circulando somente no meio científico, sendo desprezadas pelas autoridades políticas ou militares já que em sua visão não agregam qualquer valor à segurança aérea. Se dormir é punido e pronto!
É fato que muitos acidentes e incidentes ocorrem em momentos de baixa densidade do tráfego aéreo. Pouco stress no desempenho dessa função pode levar o controlador à dispersão, à desatenção ao serviço em detrimento de seus problemas particulares, e porque não dizer ao cansaço. É um fator difícil de racionalizar, pois, uma equipe superdimensionada pode causar distração com conversas paralelas. Em contra partida, ainda que um só elemento seja suficiente para dar conta do volume de tráfego, o espírito de equipe que rege um órgão ATC não encontrará apoio caso este único personagem venha a cometer um deslize.
Antes de julgarmos a “irresponsabilidade” do controlador dorminhoco, é preciso ter conhecimento dos fatores que o levaram a se quedar, pois à noite nem tudo é o que parece ser, já que todos os jatos são pardos.
Deixo aqui um link, para clarear as ideias sobre o assunto, que o levará ao brilhante trabalho da Dra. Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo, Mestre em Saúde Pública, que em anos de pesquisa, utilizando-se da técnica do "Discurso do Sujeito Coletivo", abordou o assunto de frente e direto do vertedouro do problema, ou seja, do ambiente de controle de tráfego aéreo. Faça o download:
“O trabalho na aviação e as práticas de saúde sob o olhar do controlador de tráfego aéreo”.
Desde a década de 90, pesquisadores do COPPE/UFRJ, USP, UNIFESP e outras tantas instituições de pesquisa em fatores humanos entraram nos ambientes ATC. Trabalhos fantásticos foram gerados, mas por infelicidade, principalmente do cidadão brasileiro, não produziram eco e suas recomendações permanecem até hoje circulando somente no meio científico, sendo desprezadas pelas autoridades políticas ou militares já que em sua visão não agregam qualquer valor à segurança aérea. Se dormir é punido e pronto!
É fato que muitos acidentes e incidentes ocorrem em momentos de baixa densidade do tráfego aéreo. Pouco stress no desempenho dessa função pode levar o controlador à dispersão, à desatenção ao serviço em detrimento de seus problemas particulares, e porque não dizer ao cansaço. É um fator difícil de racionalizar, pois, uma equipe superdimensionada pode causar distração com conversas paralelas. Em contra partida, ainda que um só elemento seja suficiente para dar conta do volume de tráfego, o espírito de equipe que rege um órgão ATC não encontrará apoio caso este único personagem venha a cometer um deslize.
Antes de julgarmos a “irresponsabilidade” do controlador dorminhoco, é preciso ter conhecimento dos fatores que o levaram a se quedar, pois à noite nem tudo é o que parece ser, já que todos os jatos são pardos.
Deixo aqui um link, para clarear as ideias sobre o assunto, que o levará ao brilhante trabalho da Dra. Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo, Mestre em Saúde Pública, que em anos de pesquisa, utilizando-se da técnica do "Discurso do Sujeito Coletivo", abordou o assunto de frente e direto do vertedouro do problema, ou seja, do ambiente de controle de tráfego aéreo. Faça o download:
“O trabalho na aviação e as práticas de saúde sob o olhar do controlador de tráfego aéreo”.
Celso BigDog
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