Por mais que se tente fazer comparações comportamentais praticadas entre organizações civis públicas ou privadas e a disciplina na caserna, fica difícil estabelecer parâmetros numa mesma escala para demonstrar a imensa disparidade entre elas. Em 1893 Moniz Barreto, em sua carta ao Rei de Portugal, já descrevia particularidades da vida militar: “... como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão."
Militares permanecem leais ao seu juramento, regulamento e ordens. Do juramento fazem valer o uniforme e as insígnias que os distinguem. Do regulamento o seu livro de cabeceira. Das ordens recebidas, fidelidade não se espera. Fidelidade é de foro íntimo, que tanto pode fazer vibrar de prazer quanto ranger os dentes de ódio. Mas ainda assim cumprem silenciosamente a missão com honra e lealdade.
Essa introdução se fez necessária para justificar uma situação que vem sendo alardeada pela mídia e encarada como fenômeno, mas que não passa de mero efeito da servidão, lealdade e fidelidade. No auge da crise que se instalou em 2006 entre o comando e o quadro de subalternos ATC, que há anos vinha dando sinais de que as coisas iam de mal a pior, controladores ávidos por uma atitude que justificasse ou se solidarizasse com suas dificuldades, recebeu como resposta a orientação:
- “A porta da rua é a serventia da casa. Quem não estiver contente que saia”.
Para não dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro, ainda que seja doloroso aventurar-se por outras paragens, abrindo mão da estabilidade do serviço público, saindo sem um centavo de FGTS que assegure o bem estar da família durante o período de transição, muitos controladores seguem obedientes às orientações recebidas e procuram a porta da rua na esperança de encontrar uma carreira profícua com uma profissão regulamentada e respeitada. Com o esvaziamento das fileiras, o assunto vem sendo tratado pela mídia como algo inexplicável e com o verbete “evasão” sendo empregado equivocadamente quando na realidade quer expressar “êxodo”.
Ao sistema responsável pelo controle do espaço aéreo restou a corrida para suprir o quadro esvaziado pelas aposentadorias, pelos afastamentos administrativos e principalmente pelas baixas daqueles que descobriram que a instituição, apesar de suas sólidas diretrizes, muda de rumo a cada novo comando. Percebendo isso o controlador de tráfego aéreo, acostumado a definir proas e altitudes na aviação, procura agora traçar um plano de carreira e vetorar seu próprio destino no rumo de sua conveniência e em nível compatível à sua verdadeira capacidade.
Valor Econômico: Evasão de controladores preocupa.Militares permanecem leais ao seu juramento, regulamento e ordens. Do juramento fazem valer o uniforme e as insígnias que os distinguem. Do regulamento o seu livro de cabeceira. Das ordens recebidas, fidelidade não se espera. Fidelidade é de foro íntimo, que tanto pode fazer vibrar de prazer quanto ranger os dentes de ódio. Mas ainda assim cumprem silenciosamente a missão com honra e lealdade.
Essa introdução se fez necessária para justificar uma situação que vem sendo alardeada pela mídia e encarada como fenômeno, mas que não passa de mero efeito da servidão, lealdade e fidelidade. No auge da crise que se instalou em 2006 entre o comando e o quadro de subalternos ATC, que há anos vinha dando sinais de que as coisas iam de mal a pior, controladores ávidos por uma atitude que justificasse ou se solidarizasse com suas dificuldades, recebeu como resposta a orientação:
- “A porta da rua é a serventia da casa. Quem não estiver contente que saia”.
Para não dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro, ainda que seja doloroso aventurar-se por outras paragens, abrindo mão da estabilidade do serviço público, saindo sem um centavo de FGTS que assegure o bem estar da família durante o período de transição, muitos controladores seguem obedientes às orientações recebidas e procuram a porta da rua na esperança de encontrar uma carreira profícua com uma profissão regulamentada e respeitada. Com o esvaziamento das fileiras, o assunto vem sendo tratado pela mídia como algo inexplicável e com o verbete “evasão” sendo empregado equivocadamente quando na realidade quer expressar “êxodo”.
Ao sistema responsável pelo controle do espaço aéreo restou a corrida para suprir o quadro esvaziado pelas aposentadorias, pelos afastamentos administrativos e principalmente pelas baixas daqueles que descobriram que a instituição, apesar de suas sólidas diretrizes, muda de rumo a cada novo comando. Percebendo isso o controlador de tráfego aéreo, acostumado a definir proas e altitudes na aviação, procura agora traçar um plano de carreira e vetorar seu próprio destino no rumo de sua conveniência e em nível compatível à sua verdadeira capacidade.
Resposta CECOMSAER ao Valor Econômico: "Com relação à matéria "Evasão de controladores preocupa", publicada na edição de quinta-feira, 14/04, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica esclarece: Controladores
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