quinta-feira, 14 de abril de 2011

Agora sim! A Aviação Civil Brasileira dá uma guinada de 360 graus.


O mundo gira, gira e as medidas adotadas para sanear os óbices do parque aeroportuário acompanham esse movimento. Tão certo como o nascer do sol a cada dia, os problemas persistem em acompanhar.
Especialistas e estudiosos das mais altas esferas acadêmicas debatem o assunto tentando, entre um e outro fórum, bamburrar boas ideias entre cascalhos e parvoíces e delas alinhavar projetos e teses, como se apenas os documentos existentes pudessem balizar e dar forma à verdadeira face do problema. Na verdade ninguém quer resolver gratuitamente uma questão estrutural. É sempre bom ter um forte argumento para vender ou dar luz ao seu marketing pessoal. A mídia se farta com essas notícias requentadas, sensacionalistas ditas por um “Doutor”, ainda que desprovidas de qualquer conteúdo novo, revolucionário ou científico, coisa que qualquer controlador de tráfego aéreo ou piloto está cansado de saber há mais de 20 anos.
Tive o tremendo desprazer de ler em um desses fóruns, alguém, que infantilmente se julga parte da plêiade, quando questionado sobre a necessidade de experiência em aviação para compor o quadro de gestores, citar -“deixe que o passado apodreça”! Não considerei um caso pontual, pois além dos demais “listeiros”, os mortais, até mesmo os mestres, doutores e PHDs se calaram.
Quanto ao atraso na adequação do sistema aeroportuário para atender a demanda que já se apresenta maior que a capacidade de absorção do tráfego aéreo, sem contar com os eventos esportivos que se aproximam, o que há de novo nisso?
Com as medidas adotadas, a criação da Secretaria, que é Ministério, que tem um CEO, que é um ministro, saiu da inércia. Sob a batuta da recém-criada autoridade olímpica a agência reguladora da aviação e a infraestrutura aeroportuária continuarão sendo subjugadas em sua soberania gerencial pela vontade político-partidária desse novo organismo.
O cidadão brasileiro não está interessado em saber de quem é a responsabilidade do mau serviço prestado nos aeroportos. Clama por mudanças imediatas. É bem verdade que o meio aeronáutico saiu sim da inércia, mas para um movimento circular uniforme, onde hoje é replay de ontem que certamente se repetirá amanhã.
É bom que o Governo Federal tenha um pouco de bom senso e aproveite o conhecimento adquirido ao longo de 100 anos da aviação brasileira, antes que, como disse certo aero-neófito, “o passado apodreça” e então seja tarde demais.
A propósito, será que o Ministro/CEO da Secretaria aceitou a "missão" recebendo proventos de ministro?
Celso BigDog

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