“Já o controle de tráfego aéreo continuaria com a Aeronáutica, dada a falta de mão de obra especializada e recursos para montar uma estrutura à parte. Há ainda uma avaliação de que é uma área complicada, com riscos de paralisações, o que serve de justificativa para que a atividade permaneça com os militares.”
Semana passada cheguei a pensar que, pelo andar da carruagem, os nossos controladores de tráfego aéreo estavam "com a faca e o queijo na mão". Mas a coisa desandou e eu voltei à estaca zero nas minhas convicções depois das últimas notícias. Se essas justificativas tiverem alguma lógica, por que não pensar então na possibilidade de militarizar a Aviação Civil? Ficariam todos no mesmo barco, fardadinhos e bem distantes das greves que sempre ameaçam o setor. E olhe que não seria de todo ruim enquadrar também a saúde e a educação nesse pacote. As Secretarias Estaduais de Segurança Pública que se mobilizavam para extinguir suas polícias militares, pelo jeito voltaram atrás. Não só "não" as extinguiram como lançaram mão da truculência bélica das Forças Armadas com blindados, helicópteros e armamento pesado para “tentar” caçar bandidos em terras cariocas. Bem, mas essa é outra história.
Há necessidade de se ter cautela no trato com o assunto, pois além de englobar um universo técnico muito complexo, mexe com princípios que, de acordo com as autoridades da Força, não estão em negociação. Acredito que transformações ocorrerão naturalmente com o passar do tempo, vislumbrando até mesmo a possível extinção do “Controladoris Erectus” para dar lugar ao “Gerentis Pterofluxus”. Essa evolução já pode ser sentida se observarmos que o número de vagas oferecidas para o Curso de Formação de Oficiais Especialistas CTA é cada vez maior. Afinal, de quantos oficiais CTA o SISCEAB precisa no atual modelo?
Enfim, em minha opinião haverá alguma desmilitarização sim, mas só em torres de controle, assim como citou o brigadeiro Pereira, ex-presidente da Infraero. Penso inclusive que essa mudança pontual seria uma opção para facilitar o enquadramento do serviço dentro de um novo conceito de administração aeroportuária privatizada. Quanto aos demais órgãos do SISCEAB, se considerarmos todo o aparato técnico, de formação e treinamento que cerca os profissionais, não querendo arremedar o brigadeiro, são realmente grandes “pepinos”. Aí já viu né? Teria que separar o “pepino”, tirar a farda do “pepino” e isso realmente não é fácil.
No momento tudo não passa de especulação. O melhor a fazer agora, enquanto assistimos aos lançamentos desses criativos “balões de ensaio”, é ter cuidado para continuar com a faca e o dedo na mão.
http://fl410.wordpress.com/2010/11/19/dilma-podera-criar-secretaria-para-setor-aereo/Entenda o caso da greve dos controladores espanhois (em 2 partes)
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=fRcgupe9ol4&feature=youtube_gdata_player
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=DCutbfDFQog&NR=1
Celso BigDog
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