País tem alta taxa de acidentes fataisA taxa de acidentes fatais na aviação regular do Brasil está mais de quatro vezes acima do padrão mundial. A avaliação consta do inédito Relatório Anual de Segurança Operacional, da Agência Nacional de aviação Civil (Anac), divulgado ontem. Enquanto o índice de tragédias na aviação regular brasileira foi de 1,76 para cada 1 milhão de voos em 2008, a média internacional ficou em 0,4. O País ficou à frente apenas dos poucos países do leste europeu não vinculados à Agência Europeia para a Segurança da aviação (2,56), Ásia central e oeste (2,29) e África (4,96).Apesar de as estatísticas indicarem um cenário desfavorável, dizem os técnicos da Anac, a tendência é de melhora nos próximos anos. Como as médias de cada país são calculadas com base nos registros dos últimos cinco anos, só a partir de 2011 os dados devem refletir uma melhora significativa, caso não ocorra nenhum acidente de grandes proporções.
As quedas do avião da Gol em 2006 e da TAM em 2007 foram as responsáveis pela piora do índice nacional. As duas maiores tragédias da aviação civil brasileira tiveram juntas 353 vítimas. “Sem essas duas ocorrências, a taxa nacional estaria muito próxima da dos Estados Unidos (0,26, a mais baixa do planeta)”, afirma o gerente-geral de Análise e Pesquisa em Segurança Operacional da Anac, Ricardo Senra, responsável pelo estudo.
A meta da agência é alcançar em 2011 uma taxa próxima de um acidente fatal para cada 1 milhão de voos. A Organização de aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês) estabelece como padrão aceitável um índice até duas vezes superior à média mundial, hoje em 0,4. “O fato de projetarmos o cumprimento da meta em dois anos não significa que vivemos uma condição insegura”, afirma Senra. “A aviação brasileira é segura e nossa ideia é aprimorá-la. Depois de atingirmos essa meta, haverá outras.
Buscamos zerar esse número”, frisou.Jornal do Comércio 17/09/2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Brasil 4 X 0 Planeta
Taxa de acidente aéreo fatal no País supera a mundial
... só a partir de 2011 os dados devem refletir uma melhora significativa, caso não ocorra nenhum acidente de grandes proporções.
Não é preciso consultar um vidente para se fazer previsões óbvias. Se nunca mais houver acidente aéreo, é natural que o índice tenderá a zero, ou não? Será que a única providência a ser tomada se resume a torcer para que não ocorram acidentes? Acredito que a população esteja mais interessada em saber o que está sendo efetivamente realizado para diminuir riscos, do que participar de uma corrente de pensamento positivo em prol da segurança de voo. Poupe-me!
Isso só reforça a suspeita de que “a ANAC só fez esse relatório para cumprir uma exigência internacional”, e nada mais. Se o transporte aéreo no Brasil é realmente seguro, como diz a ANAC, por que organismos internacionais estão exigindo essa estatística, para que ela servirá?
É importante ressaltar que, por sorte, por umas poucas milhas, o acidente do voo 447 da Air France, que matou 228 pessoas, não conta para as estatísticas brasileiras. Isso porque a aeronave era francesa e a tragédia ocorreu já em águas internacionais. Ele será computado na França. Se os números estivessem sido computados para o Brasil, certamente estaríamos disputando a lanterna com nossos amigos africanos.
Não gosto disso, mas ouso fazer uma previsão, e olhe, sem fazer nenhum grande relatório. Basta ler o sério trabalho realizado periodicamente pelo CENIPA para se suspeitar que:
“Se nada for feito, uma colisão com pássaros irá frustrar a expectativa da ANAC em diminuir os acidentes aéreos com vítimas nos próximos anos”.
Como sei? Um passarinho me contou!
Celso BigDog
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Eu mesmo resolvi comentar. Pensam que estou brincando? Ocorreu outra vez, com avião da GOL no Galeão.
ResponderExcluirVejam no link:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/09/02/passaro-entra-na-turbina-faz-aviao-da-gol-retornar-ao-aeroporto-internacional-tom-jobim-767426402.asp