Relaxa! Tecnicamente nem os controladores sabem o que é! A grosso modo “buraco negro” é uma região dentro de uma área controlada onde as ondas eletromagnéticas não são captadas, quer seja por deficiência de propagação, quer seja pela distância dos transmissores em terra. Buraco negro é um termo que tem sido empregado para acusar essas falhas tanto no sistema de comunicação (VHF – rádio entre o controlador e o piloto) quanto no sistema de visualização RADAR.
De qualquer forma, apesar da tecnologia avançada que nos serve, esses fenômenos sempre existiram em algum ponto. Para o leigo não é fácil entender a imensa dificuldade logística de se instalar um sítio de repetição de sinais no coração da Amazônia. Posso afirmar isso com conhecimento de causa, pois já tive a oportunidade de comandar um desses destacamentos bem remoto no coração do Brasil, cerca de 500 quilômetros do asfalto mais próximo.
Outras situações são realmente muito difíceis de entender, até porque não ficam em região remota. Saibam que tivemos um desses buracos bem no coração da TMA São Paulo. Durante muitos e muitos anos os controladores paulistas conviveram com ele no sistema de RADAR. Independentes de qualquer interferência administrativa sempre se precaviam dessa possibilidade de falha, e empregavam procedimentos defensivos para que uma aeronave ao atravessar o famoso “Buraco do Her...”, melhor não dizer o nome do buraco. É... isso mesmo. É melhor pular essa parte.
Concluindo: - “Buraco Negro no ATC” é como pum. É algo que ninguém vê, ninguém assume, mas que todos o percebem de uma maneira bem desagradável.
Celso BigDog
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