É impossível frear o desenvolvimento tecnológico. É impossível prever até onde isso irá nos levar. É impossível saber quais as consequências diretas ou indiretas dessa convivência. Mas o que é possível e desejável é a vigilância diuturna contra a aplicação indiscriminada e inconsequente de certas concepções tecnológicas. Os controladores de hoje e gerentes do amanhã, não podem aceitar passivamente sistemas e equipamentos que visem exclusivamente tarefas voltadas ao aspecto econômico/financeiro. É preciso quantificar, dentro desses sistemas, qual o índice do ganho operacional e do ganho de segurança que ele oferece. Se isso for insignificante, por que adotá-lo?
Vejo com certa preocupação o caminhar desses processos. Primeiro um sistema é apresentado ao grupo. Dentro desse grupo é escolhido um subgrupo que comporá a comissão de aceitação da novidade. Dentro dessa comissão encontramos, na maioria das vezes, membros antigos e experientes, mas em fim de carreira, ávidos por um lugar ao sol após o decesso militar que se aproxima. Deles não se pode esperar um comprometimento leal aos colegas mais novos, porque amanhã, uma vida civil o espera com um atraente cargo naquela mesma empresa. Tudo não passa de um aliciamento velado, silencioso como um flerte. Aquele que ousar discordar dos planos estabelecidos tanto pelo contratante quanto pela contratada, estará fora!
Penso que uma "equipe de aceitação" deve ser composta por profissionais de média vida operacional, nem tão novo que lhe falte experiência, nem tão antigo que lhe falte comprometimento. Em resumo poderíamos dizer que aquele que aceita um produto será mais rigoroso “se tiver que conviver com ele durante muito tempo”, e isso se traduzirá naturalmente em maior critério de aceitação no momento de dizer sim.
E tenho dito!
Celso BigDog
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