Baseado em fatos reais.
Emocionante.
É desse sonho, que sonhei esperançosamente por 30 anos, que reclamo. É com esse sonho que me identifico, pois nos moldes de um jogo de cartas marcadas, assisti suas regras sendo inescrupulosamente modificadas dia-a-dia, ano a ano, governo a governo, por simples capricho de comandos. É com esse filme que me identifico, pois permaneci esperançoso até o fechar das cortinas, ávido por uma novidade de última hora, por um “gran-finale” que nunca aconteceu. Fecho os olhos e revejo quadro a quadro ainda hoje, na reserva, ainda que não queira pensar, ainda que não queira mais sonhar.
Este filme está sempre em cartaz bem perto de nós, tão perto que só é possível vê-lo quando, por algum motivo, nos afastamos.
Emocionante.
Surpreendente.
Envolvente.
Conta a história de um jovem sonhador que vê seus ideais esmaecerem em meio à fumaça da incerteza e da mentira. O enredo inicia-se dentro de uma humilde família brasileira e sua singela casa, de onde o primogênito partiu com sua escassa sacola de roupas. Dentro, uma camisa Volta ao Mundo, uma calça Faroeste, um sapato de borracha Verlon e um Conga. No bolso algumas moedas de pouco valor, meio chiclete Ping-Pong que caprichosamente dividiu ao meio, tendo o cuidado de guardar o Pong para uma ocasião especial. Na cabeça canções de Roberto Carlos falando da saudade de casa, da ansiedade e da alegria da volta que já planejava. Das histórias que iria contar nas rodas de amigos. Dos feitos exagerados para conquistar a atenção das meninas mais bonitas. O filme conta uma história comum a milhares de humildes jovens brasileiros que abandonam suas famílias, seus amigos, seus animais de estimação, e prematuramente sua adolescência em troca de uma clausura de dois anos e de uma carreira indefinida e desconhecida.É desse sonho, que sonhei esperançosamente por 30 anos, que reclamo. É com esse sonho que me identifico, pois nos moldes de um jogo de cartas marcadas, assisti suas regras sendo inescrupulosamente modificadas dia-a-dia, ano a ano, governo a governo, por simples capricho de comandos. É com esse filme que me identifico, pois permaneci esperançoso até o fechar das cortinas, ávido por uma novidade de última hora, por um “gran-finale” que nunca aconteceu. Fecho os olhos e revejo quadro a quadro ainda hoje, na reserva, ainda que não queira pensar, ainda que não queira mais sonhar.
Este filme está sempre em cartaz bem perto de nós, tão perto que só é possível vê-lo quando, por algum motivo, nos afastamos.
Celso BigDog
Grande Celso Cachorrão,
ResponderExcluirmuito legal o blog, os assuntos e as experiências compartilhadas...
Sinto falta dos churrascos entre amigos e familiares em SBMN...como vão Pedrão,Lucas,os netinhos,a "D Maria",a familia? grd abraço
Duda,Eduardo ou Marques Souza.