O DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo - tornou público que até 2014 duplicará a capacidade de controle nos céus brasileiros, mas não disse quais os mecanismos ou procedimentos empregará para manter separações reduzidas e seguras nas "aproximações para pouso". Ou essa diminuição de espaço entre aeronaves seria apenas em rota? Com caminhos alongados (quando anunciam rotas diretas)? Podemos sim absorver facilmente o dobro de tráfego aéreo e mantê-lo circulando em órbitas por esse imenso céu brasileiro, em prateleiras, com separação de mil pés, mas não ousarei perguntar a um controlador o que ele gostaria de fazer com cada um desses aviões sob seu controle.
Nos aeroportos dos EEUU, onde as pistas paralelas não tem distanciamento lateral suficiente para operação simultânea, são utilizados equipamentos radar de alta precisão (renovação constante de alvos) que permitem esse procedimento com segurança.
Melhor do que tentar entender minhas explicações é assistir ao excelente vídeo da FAA e enriquecer seus conhecimentos ATC. Mas vale uma observação:
Ainda que o DECEA duplique a capacidade do serviço, abrindo novos postos de trabalho, capacitando controladores e criando mais setores nos órgãos ATC, e, adquira e treine pilotos e controladores para operação PRM/SOIA, de nada adiantará se cá embaixo não tivermos uma infraestrutura compatível e uma regulação que determine, fiscalize e oriente. Enquanto a SAC não assumir a batuta dessa orquestra composta de pífanos, rabecas e berimbaus, haja ouvidos para aguentar tanta desafinação.
Celso BigDog
Na TWR onde eu trabalho vejo bem essa ampliação para inglês ver, com pedido de separaçao dos ACC e CGNA de 5 minutos entre as decolagens...
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