sábado, 12 de março de 2011

Para cada cabeça uma sentença.

Quando tentamos definir o perfil dos personagens que deveriam ocupar o primeiro escalão do setor aéreo, temos uma infinidade de opiniões diferentes. Cada segmento buscará aquele que atenda aos anseios de sua área e assim, qualquer que seja o nome escolhido desagradará grande parte do grupo.
Diante da notória dificuldade de se encontrar alguém capaz, e disposto a enfrentar o desafio, concluo que a questão vai muito além da solução dos problemas aeroportuários. Não podemos esquecer que, o calendário além de englobar a Copa do Mundo de Futebol 2014, estará correndo parelho com o ano eleitoral, fato que agrega interesses diversos, senão de reeleição, certamente de interesses político-partidários. O resultado no desenrolar do evento futebolístico irá agravar ou amenizar a cobrança sobre as deficiências que por ventura estiverem presentes na ocasião. Ainda que haja um “Ministro de Secretaria” conhecedor da aviação, tenha a certeza que o exíguo prazo não será aceito como justificativa para o fracasso, e para cada cabeça haverá uma sentença.
O transporte aéreo no Brasil tem problemas de regulação, de infraestrutura aeroportuária e aeronáutica, de gerenciamento do espaço aéreo e provavelmente será alvo de ingerência da recém-criada autoridade pública olímpica, puramente política. Aí está um nó difícil de desatar. E ponha difícil nisso!

Voou
Luiz Carlos Azedo – Correio Braziliense – 12/03/2011
O dirigente do Banco Safra, Rossano Maranhão, negou definitivamente o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para chefiar a futura Secretaria de Aviação Civil. Ele havia recusado uma vez, mas, diante da insistência dos emissários do Palácio do Planalto, prometeu reconsiderar. Nesta semana, chegou o aviso final, que desagradou bastante à presidente.
Alternativa
Um nome que surgiu no lugar de Rossano Maranhão é o de Luiz Eduardo Falco, que já comandou a TAM e hoje está na Oi. O fato é que a secretaria, prioridade de Dilma no início do ano, subiu no telhado. O órgão é apontado como essencial para resolver um dos principais gargalos para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas: a falta de estrutura de um setor que vive no precipício de um apagão.

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