sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aeroportos de Segurança Máxima!

Deixando a eficiência aeroportuária em terceiro plano (em segundo está o comércio lojista aeroportuário) o Brasil investe pesado na segurança aérea. O primeiro passo foi colocar o controle de tráfego aéreo dentro desse complexo, de maneira que, qualquer que seja o fator de insegurança produzido por agentes de controle de tráfego, ações repressivas podem ser tomadas de imediato, abreviando o trâmite administrativo, dando agilidade à máquina no trato com seus parcos Recursos-Humanos.
Nenhuma explicação nos convence de que resultados positivos possam ser alcançados antes de promovermos o maior fiasco da história aeronáutica desse país. A fala gerencial mostra claramente que a gagueira desconexa do “Aeroleigus Sapiens” é sustentada por um cargo de raízes muito profundas, difíceis de arrancar. Ainda que haja uma assessoria a assoprar-lhe nos ouvidos, ao estilo “Grilo Falante”, estou certo de que o próprio interlocutor não acredita no que diz.
Podemos concluir facilmente que o problema está na falta de expertise administrativa fruto do apadrinhamento político. Está na sobrepujança dos princípios técnicos por princípios castrenses, e no infundado desprezo das autoridades pela experiência laboral. O problema não está na base, na “infra” estrutura aeroportuária. O problema, de tão envolto por interesses diversos, foi engolido e passou a ficar no meio, no cerne, na “INTRA” estrutura aeroportuária.
Faltando 30 dias para o pico de demanda sazonal do tráfego aéreo no país, autoridades aeronáuticas se reúnem para traçar um plano “anti-caos”. O transporte aéreo brasileiro não reagirá positivamente com inócuas mudanças, com experimentos de última hora, com devaneios e ilações. Pressionados pela ameaça da culpa por “Falha Humana”, mais uma vez, a fluidez do tráfego fica à mercê da capacidade individual e da coragem de controladores e tripulantes.
O Transporte Aéreo Brasileiro já não aguenta mais mudança. Precisa mesmo é de TRANS-FOR-MA-ÇÃO!

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que representa mais de 200 companhias, fez ontem uma violenta crítica ao estado da infraestrutura do setor aéreo no Brasil, falando de "desastre" e de "vergonha".

Celso BigDog

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