Antes de contar mais uma historinha, é bom que os senhores, controladores ou não, conheçam uma publicação ímpar, produto do trabalho de uma equipe extremamente aplicada, e cujo resultado depende de sua divulgação para que o sentido de segurança no espaço aéreo seja completo. Pelo simples fato de conhecermos um pouco das aves, seus hábitos, preferências e habitats, passaremos a exercer, com um pouco de boa vontade, a função de agente de segurança no espaço aéreo. Ao final deste post encontrará o link da publicação.
Historinha? Então vamos lá!
Era 1975. No primeiro andar do departamento de ensino da Escola de Especialistas de Aeronáutica um aluno de nome Rodrigues queimava a pestana tentando resolver as difíceis questões da prova de matemática. O silêncio vez por outra era quebrado pela turbina de um F-5 que insistia em fazer o mesmo trajeto, mas com uma particularidade, a cada vez que passava o som estridente era mais alto, dando a nítida impressão que estava circulando cada vez mais baixo, muito baixo.
Que Deus me perdoe, mas a necessidade de me concentrar na prova, levou-me a ter desejos terríveis contra aquele incômodo, no entanto mal eu sabia que aquela máquina, por cerca de dez minutos, já circulava solitária e sem tripulantes sobre nossas cabeças. Um urubu havia feito seu estrago obrigando o piloto a ejetar-se. Numa última passagem, após dar um rasante sobre o departamento de ensino e passar cerca de 10 metros do telhado do Prédio do Comando da EEAR, com um estampido surdo espatifou-se 200 metros adiante.
Antes mesmo de saber o que é Controle de Tráfego Aéreo, já notei a importância desse assunto que deve sempre ser tratado, não só pelos elementos credenciados, mas por toda a sociedade civil. Geralmente esses eventos ocorrem em zonas populosas, onde as aves são atraídas por depósitos de lixo, aterros sanitários, matadouros, frigoríficos e represas, tornando essas áreas mais propícias a acidentes aéreos desse tipo.
Boa leitura! Conheça o Perigo Aviário
Celso BigDog
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