Ao som de ziriguidum, vem aí o Carnaval, e no embalo a Olimpíada Militar 2012, a Copa do mundo 2014, a Olimpíada Rio 2016, mais o crescimento esperado para o período de 50% no tráfego aéreo rotineiro, mais a abertura dos céus entre EUA X Brasil X Europa! Vamos dançar minha gente? Quem não souber sambar bata palmas.
Se já ficou bem claro que o problema não está nos céus brasileiros e sim na infraestrutura aeroportuária, por que oferecem o Brasil com uma promessa enganosa? Podemos sim duplicar, triplicar, multiplicar a capacidade de controle em nosso imenso espaço aéreo, mas o slogan deveria ser “Venha orbitar no Brasil”, ou, “Nossas órbitas são mais azuis”, ou ainda, “A cada cinco órbitas padrão você ganha o direito a uma espera com pernas de 2 minutos sobre o lindo litoral brasileiro”. Ora faça-me um favor. Puxadinho? Como se chamará? Aero o que? Anexo? Ou sem nexo? Vai ter goteira? É de lona? Vende pipoca? O chão é de serragem? O vento arranca? Pega fogo? São perguntas que devem ser respondidas já, pois haverá outro anexo só para os jornalistas de plantão se fartarem jogando pedra. E eu que pensei que meu post sobre o “Aerocirco” fosse uma “viagem”. Acho que estou ficando velho mesmo. Cheguei a pensar também em um Aerosambódromo dentro da Vila Olímpica. Já pensaram? No carnaval a pista vira passarela. Na Copa e nas Olimpíadas fica ao lado dos estádios. Em outras ocasiões pode-se alojar passageiros dos voos cancelados nos alojamentos dos atletas. Como é que é? Roubaram as luminárias? As torneiras também? Os cabides das paredes?
Nessa história sem fim, a única certeza que tenho é que, como sempre, haverá um batalhão de palhaços fazendo malabarismos para não deixar a peteca cair, de novo.
Celso BigDog